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CTC do solo: como calcular e otimizar a produtividade agrícola

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Entender e gerenciar a CTC pode fazer a diferença entre uma safra mediana e uma safra abundante, já que influencia diretamente a retenção de nutrientes essenciais e a saúde geral do solo.

Neste guia, exploraremos por que é importante e como calcular a CTC do solo, além dos diferentes tipos de CTC e de como promover a sustentabilidade agrícola e maximizar a produtividade das suas culturas.

Por que é importante calcular a CTC do solo?

A Capacidade de Troca Catiônica (CTC) é um conceito que indica o quão o solo consegue reter cátions, que são partículas carregadas positivamente. Essas partículas incluem nutrientes essenciais como potássio (K+), magnésio (Mg²) e cálcio (Ca²+), fundamentais para o crescimento saudável das plantas. 

Solos com alta CTC conseguem reter uma maior quantidade desses nutrientes, o que evita que sejam facilmente perdidos durante a irrigação ou chuvas.

A CTC também impacta diretamente a eficiência dos fertilizantes na conservação do solo. Com um conhecimento adequado, técnicos e agricultores podem otimizar a aplicação de fertilizantes, evitando excessos ou insuficiências, que podem comprometer a produtividade das lavouras.

Além disso, a CTC desempenha um papel importante na manutenção da saúde do solo e na sua estabilidade. Solos com CTC alta têm a maior capacidade de reter e liberar nutrientes essenciais para as plantas, ajudando a manter condições favoráveis para o seu desenvolvimento.

Quais são os tipos de CTC do solo?

Essa capacidade do solo é dividida em dois tipos: permanente e variável.

CTC permanente

Este tipo é como uma característica fixa do solo, que não muda mesmo se o ambiente mudar, como, por exemplo, o pH. Isso acontece porque certos minerais têm uma capacidade constante de segurar nutrientes.

É uma característica de solos menos desenvolvidos, que não é comum no Brasil. 

CTC variável

Por sua vez, a CTC variável depende do nível do pH do solo. É o tipo de CTC coum que temos nos solos brasileiros mais intemperizados. Solos mais ácidos acabam não retendo muitos nutrientes, porque, em condições de acidez elevada, muitos dos sítios que poderiam reter cátions, estão ocupados por íons hidrogênio, que têm carga positiva. Isso reduz a disponibilidade de outros cátions essenciais, como cálcio, magnésio e potássio.

Entender e gerenciar a CTC variável para aumentá-la é fundamental, especialmente para influenciar na capacidade do solo de reter nutrientes.

A CTC do solo varia de acordo com o tipo de solo?

A Capacidade de Troca Catiônica (CTC) do solo varia significativamente conforme o tipo de solo. Diferentes tipos de solos possuem composições variadas de minerais, matéria orgânica e texturas, influenciando diretamente a sua CTC. Por exemplo:

  • Solos argilosos: tendem a ter uma CTC mais elevada porque possuem uma maior quantidade de cargas negativas em suas partículas, eficientes em reter cátions;
  • Solos arenosos: geralmente possuem uma CTC mais baixa devido à maior predominância de areia, que tem pouca capacidade de troca catiônica;
  • Solos ricos em matéria orgânica: a presença de matéria orgânica aumenta a CTC de um solo, uma vez que a matéria orgânica tem uma alta capacidade de reter cátions.

Como calcular a CTC total do solo?

Para calcular a CTC efetiva, você precisará dos resultados das análises de Soma de Bases (SM) e de alumínio trocável, tipicamente expressos em “centimol de carga” por decímetro cúbico (cmolc/dm-3).

resultado de análise de solo - ctc
(Fonte: Adaptado do Guia de Interpretação de Análise de Solo e Foliar, 2013)

Exemplo Prático

Suponhamos que você tenha os seguintes valores de uma análise de solo:

  • Ca2+ =1,2 cmolc/dm-3
  • Mg2+ =0,6  cmolc/dm-3
  • K+ =0,18  cmolc/dm-3
  • Na+ =1  cmolc/dm-3
  • Al3+ =1,1  cmolc/dm-3

Primeiro, calcule a Soma das Bases (SB):
SB = Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+  =1,2 + 0,6 + 0,18 + 1 = 2,98  cmolc/dm-3

Então, adicione o alumínio trocável para obter a CTC efetiva:
CTC efetiva = SB + Al3+ = 2,98 + 1,1= 4,08   cmolc/dm-3

Ela é usada para calcular a retenção de cátions e determinar se o solo é ácrico ou não, identificando se possui baixa ou média-alta CTC efetiva.

Temos também a CTC a pH 7 é a soma das bases (magnésio, cálcio, potássio e sódio) com alumínio e hidrogênio no pH 7. Esse cálculo mede a quantidade de calcário no solo.

Qual é a relação entre CTC e sustentabilidade agrícola?

A Capacidade de Troca Catiônica (CTC) do solo influencia diretamente o manejo e a conservação do solo, assim como a retenção e disponibilidade de nutrientes essenciais, minimizando o impacto ambiental da agricultura.

Além disso, esse cenário contribui para uma microflora saudável e melhorando a retenção de água. Isso contribui para um uso mais eficiente dos recursos naturais e aumenta a resiliência contra condições climáticas adversas, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis e produtivas.

Como o CTC pode maximizar a produtividade

Quando a CTC é a ideal, nutrientes são retidos, mantendo-os disponíveis para as culturas, o que é especialmente importante em regiões sujeitas a secas ou com irrigação limitada.

Além de economizar recursos e reduzir impactos ambientais, uma boa gestão da CTC permite o uso estratégico de fertilizantes, otimizando a produtividade. Nesse contexto, o uso de K-Mag, um fertilizante com equilíbrio nutricional superior que fornece magnésio, potássio e enxofre.

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