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Adubação Racional: como adubar em ano de altas de fertilizantes?

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Aumentos nos custos mundiais de energia, desvalorização do real em relação ao dólar, maior carga tributária sobre os fertilizantes imposta pela China, ameaças de embargos de alguns países produtores de fertilizantes como a Bielorrúsia e aumento da demanda mundial por fertilizantes. Pronto! Temos o cenário perfeito para uma natural, e significativa elevação nos preços de fertilizantes que chegam ao produtor rural. Tão natural quanto o comportamento dos preços é o raciocínio dos agricultores: “É hora de otimizar o uso do  insumo!”. Raciocínio fácil, decisão difícil. Como adubar em ano de altas de fertilizantes?

Primeiro passo: ajustar o alvo e definir o objetivo

O primeiro passo é ajustar o alvo e definir o objetivo. Nesse sentido, a busca do agricultor deve ser em realizar a adubação que traga a maior rentabilidade e não a máxima produtividade. Fertilizantes não somente garantem a produção, como também potencializam os ganhos em sacas por hectare. No entanto, o custo e o volume de fertilizantes para o agricultor aumentar sua produtividade de 80 para 90 sc/ha é significativamente maior do que elevar de 70 para 80 sc/ha. Em ambos os casos, o incremento é de 10 sc/ha porém, os investimentos não acompanham a mesma proporção. Seguindo essa lógica, também conhecida como lei dos incrementos decrescentes é que os agricultores devem estabelecer a expectativa de produtividade bem como a adubação, necessária para o atingimento da mesma.

Segundo passo: desconfiar de recomendações com restrições

O segundo ponto de atenção é desconfiar de recomendações extremas com grandes restrições de uso de fertilizantes para 100% da área. Existe uma falsa ideia de que nos últimos anos foi criado um bônus de fertilidade, visto que não houve redução nas quantidades adubadas. Ao serem analisados mais de 1000 campos de pesquisas internas da Mosaic (dados não publicados) observa-se que, nos últimos 3 anos, o agricultor adicionou menor quantidade de nutrientes do que foi exportado pelas colheitas das safras.  Ou seja, o balanço é negativo, não foi criado o bônus que poderia ser utilizado em reduções na adubação para a safra corrente. Somado a isso, grande parte desses campos analisados apresentaram teores de nutrientes da análise de solo com valores baixos, muito baixos e médios. Portanto, o ideal é seguir recomendações técnicas regionalizadas, pautadas em análise da fertilidade do solo e curvas de resposta relacionando adubação e produtividade.

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Terceiro passo: Investir em tecnologia

O terceiro e último ponto é investir em tecnologia. À primeira vista, parece contraditório essa abordagem em anos de crise. Contudo, optar por insumos de maior desenvolvimento tecnológico contribui não só para o aumento da produtividade,  como principalmente para o aumento da eficiência agronômica. Isso passa pelo material genético escolhido,  defensivos e também para os fertilizantes. A Mosaic traz em seu portfólio fertilizantes de eficiência superior que garantem a nutrição das plantas e maximizam a rentabilidade do produtor.

Em anos desafiadores como este, onde os custos de insumos impactam duramente no bolso do produtor, o sucesso é alcançado no detalhe, no capricho, na análise minuciosa de cada talhão e, assim, definir com critérios técnicos qual o melhor caminho. O cenário de alta é o mesmo para todos. Porém, as reações são diferentes: algumas aleatórias e emocionais e outras criteriosas e racionais; com isso, a recomendação é seguir a segunda opção.  Consulte um agrônomo, faça análise de solo, defina com a maior precisão possível as expectativas de produtividade que trarão a máxima rentabilidade considerando custo dos fertilizantes,  invista em tecnologia, fuja de recomendações extremas e, fique de olho nos resultados de pesquisas da sua região.

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Paulo Lazzarini – Agrônomo Sênior Mosaic Fertilizantes

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