Na cultura do milho, os mecanismos de compensação de produção em situações de baixa densidade de plantas são mais limitados que demais culturas anuais como arroz, trigo, soja ou algodão, já que estas apresentam capacidade de perfilhamento ou emissão de novos ramos, compensando parcialmente a falta de plantas, o que não ocorre no milho. Dessa forma, uma variação do número de plantas por área na cultura do milho, significa uma variação produtiva maior que em outras culturas, já que uma planta a menos implica em uma espiga a menos.
Densidade
A definição da densidade de plantas adequada, deve considerar a característica genética do híbrido, época de semeadura (disponibilidade hídrica e radiação solar), fertilidade do solo e altitude. Podendo variar entre 40.000 a 80.000 plantas/ha.
Espaçamento entre linhas
Quanto ao espaçamento entre linhas, já se utilizou muito o espaçamento de 70 a 90cm entre linhas, entretanto, atualmente predomina o uso do denominado espaçamento reduzido, de 45 a 50 cm entre linhas. Dentre os benefícios deste arranjo espacial, destacam-se o melhor espaçamento de plantas entre linhas e entre plantas, melhor fechamento entre linhas permitindo melhor controle de plantas daninhas, otimiza o uso da radiação solar e propicia melhor sombreamento do solo, além de coincidir com o espaçamento da soja, otimizando regulagens e adubações.
Tem crescido também, a aderência ao plantio consorciado do milho com outras culturas de cobertura, como a braquiária, com diferentes arranjos espaciais, sobretudo pensando em garantir após a colheita do milho, uma boa cobertura de solo e maior produção de biomassa, indispensáveis para a sustentabilidade do sistema de semeadura direta na palha.
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Eng. Agrônomo Alan Ataíde