Análise da deficiência nutricional por drones: entenda tudo já

22 dez, 2022
Redação Nutrição de Safras
- Tempo de Leitura: 5 minutos
Análise da deficiência nutricional por drones

Os drones chegaram para ficar nos campos, trazendo informações relevantes para o agricultor. A partir dele, por exemplo, pode ser feita uma análise da deficiência nutricional das plantas e do solo.

De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em 2021, dos 79 mil aparelhos registrados, apenas 1.492 estão cadastrados para o uso agrícola

O número de drones agrícolas, que representa 2% do total, pode parecer insignificante, principalmente se forem levados em consideração os quase 66 milhões de hectares de agricultura brasileira, segundo dados da Embrapa. 

Mas não devemos nos enganar! O potencial que essa ferramenta tem de substituir aeronaves é o que levanta inúmeras suposições com relação ao uso dos drones para impulsionar o futuro do agronegócio.

Então, é isso que explicaremos neste artigo! Boa leitura!

Como fazer análise da deficiência nutricional por drones?

A eficiência de um drone pode ser medida, por exemplo, por sua alta capacidade de detectar deficiências nutricionais das plantas e do solo por meio de sensores (câmeras). 

Esses sensores captam as principais mudanças fisiológicas antes mesmo que os sintomas se tornem visíveis. Desse modo, os agricultores rurais terão mais tempo para tomar medidas efetivas de controle e prevenção. 

Isso porque sabemos que a deficiência de nutrientes nas plantas é uma das principais causas do crescimento atrofiado e, na maioria dos casos, pode levar à perda completa da lavoura. 

Mas há uma boa notícia! A necessidade de micro ou macronutrientes pode ser diagnosticada visualmente. Isso quer dizer que a identificação precoce poderá salvar os rendimentos acometidos. 

Quais sintomas de deficiência nutricional podem ser observados?

Entre os principais sintomas visuais que podem ser identificados durante a análise de deficiência nutricional por drones nas plantas estão: 

  1. descoloração;
  2. pontilhamento;
  3. enrugamento;
  4. necrose.

A seguir, veja como cada um pode ser causado a partir da quantidade inadequada de macronutrientes e micronutrientes, por exemplo.

Nitrogênio

A falta de nitrogênio chega a comprometer o crescimento e o desenvolvimento das culturas, que passam a produzir menos. 

Além disso, a deficiência desse elemento pode reduzir o tamanho das plantas, deixá-las mais amareladas e antecipar o processo de envelhecimento. 

Fósforo

A ausência de fósforo, de modo geral, atrapalha a produtividade das plantas.

Na prática, isso quer dizer interfere no crescimento das culturas, deixa as folhas mais rígidas, com aparência envelhecida, modifica a coloração e o brilho, reduz o número de frutos e sementes e, ainda, diminui a resistência natural contra doenças.

Potássio

A falta de potássio também compromete o crescimento e o desenvolvimento das plantas, podendo causar manchas amareladas e, o pior, necrosar as folhas.

Além disso, ainda compromete a resistência das plantas contra fenômenos naturais, geadas/secas e doenças.

Zinco

Apesar de o zinco pertencer à categoria de micronutrientes, quando as plantas estão com deficiência, também se torna prejudicial. 

Isso porque afeta o comprimento das plantas e a resistência contra patógenos, além de deixar as folhas novas mais estreitas e diminuir a produção de sementes. 

Manganês

O manganês é outro micronutriente importante. Quando a planta apresenta deficiência, a coloração das folhas novas começa a mudar. 

Em casos mais graves, pode desenvolver clorose, que é a falta de produção de clorofila. 

Além de tudo isso, ainda acaba deixando a planta menos resistente contra pragas e doenças.  

Boro

Por último, uma análise da deficiência nutricional por drones também pode ajudar a identificar a falta de boro. 

A ausência dele pode causar sintomas como folhas pequenas com cloroses irregulares e quebradiças, folhas mais grossas e quebradiças, morte do meristema apical do caule e da raiz e rachaduras no caule. 

Quando o agricultor consegue identificar essas deficiências com mais rapidez, talvez tenha mais facilidade de salvar suas culturas. 

Por isso, é importante reforçar que a reposição dos nutrientes, ou seja, fertilizar o solo e as plantas, é obrigatório na agricultura. 

Como fertilizar as plantas e o solo com drones?

Feita a análise da deficiência nutricional por drones, o agricultor rural deverá realizar uma pulverização correta do solo e das plantas.

Como já sabemos, os drones são controlados de forma remota, automaticamente ou com a ajuda de um técnico capacitado. 

Quando o seu uso é destinado à pulverização, uma avaliação minuciosa dos cultivares deve ser feita com o máximo de antecedência. 

De modo geral, o drone para pulverização opera de forma parecida com a pulverização convencional, por isso acaba não soando como bicho de sete cabeças. 

Após a avaliação das lavouras, então, as formas dos jatos, os bicos e a vazão serão escolhidos de acordo com a necessidade das plantas.

Para o preparo correto dos fertilizantes, pode ser a mesma orientação de manejo com outros equipamentos. Inclusive, a calda (mistura de agroquímicos com água) é feita em um tanque também. 

Durante a fase de preparação do drone, os planos de voo são estabelecidos e inseridos nos equipamentos para que eles possam realizar suas operações nas lavouras, caso não exista um responsável por essa tarefa. 

Principais benefícios da pulverização com drones

Além de o drone ser uma ótima ferramenta para análise da deficiência nutricional das plantas e do solo, acabou se tornando também excelente para a pulverização. 

Os benefícios poderão ser notados imediatamente pelos produtores, por exemplo, tirar o aplicador de dentro da lavoura durante a aplicação, principalmente quando é usado o pulverizador costal. 

Mas os benefícios não param por aí! Confira. 

  1. Não amassa as culturas; 
  2. Não depende das condições do solo para entrar na lavoura;
  3. Utiliza menos água;
  4. Não utiliza combustíveis fósseis;
  5. A aplicação em pequenas áreas é mais rápida;
  6. Funciona como complemento à pulverização tratorizada e com o avião em áreas acidentadas, com obstáculos e em aplicação localizada, de acordo com mapas de aplicação, no contexto de agricultura de precisão.

Contudo, embora a prática da pulverização com drone tenha se tornado habitual, ainda é preciso reunir mais informações técnicas e agronômicas para turbinar sua eficiência. 

De acordo com especialistas, o principal objetivo ainda é, portanto, obter melhorias em gargalos como a autonomia das baterias, o custo dos equipamentos e a operação de pulverização como um todo. 

Aprimoramento em tecnologia de aplicação de produtos

A agricultura tem passado por diversos processos de melhoria, e, hoje, a agricultura de precisão, por exemplo, merece atenção à parte.

Tal método permite a adoção de novas ferramentas para otimizar o processo de pulverização, a fim de reverter os problemas mapeados durante a análise da deficiência nutricional por drones. 

Tudo isso para evitar desperdícios de insumos, reduzir gastos desnecessários, trazer mais eficácia e rapidez. Claro, ainda evitando, na medida do possível, riscos de contaminação ambiental e humana, mesmo com o uso de fertilizantes

Ponto de atenção aos agricultores que desejam usar drones

Os agricultores que desejam realizar uma análise da deficiência nutricional por drones devem estar cientes de que operar um drone convencional é diferente de manejar aqueles usados para pulverização; afinal, exigem precisão.  

O primeiro passo para controlar um equipamento de voo é solicitar autorização da Anac.  

Os drones são cadastrados conforme seus pesos, e todos os modelos com mais de 250 gramas precisam de cadastro ou de registro no órgão.

Mais uma vez ficou ainda mais claro o quanto a tecnologia realmente veio para aumentar a produtividade do trabalho no campo.

Isso pode ser justificado a partir de vários fatores, entre eles: automatização de todos os processos da lavoura, aplicação de IoT nas máquinas agrícolas, cruzamento de dados para tomar decisões mais assertivas, entre outros. 

Por isso, realmente está na hora de, se possível, incluir os drones e suas principais vantagens nas lavouras. 

Arriscamos até dizer que não considerar os VANTs é diferencial entre um negócio de sucesso e a obsolescência no agronegócio brasileiro. 

Quem deseja adquirir novas tecnologias pode recorrer aos créditos para agricultores que já operam em diversas modalidades, pois certamente algum deles corresponde às suas necessidades. 

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Texto escrito por: TerraMagna.

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