O seu boletim de mercado de novembro chegou!
Nos últimos trinta dias o agronegócio foi marcado pelo avanço e quase finalização das colheitas americanas de soja e milho e pelo andamento do plantio e desenvolvimento das safras de verão, com pouco mais de 50% da soja 23/24 plantada em todo o Brasil, nesse início de novembro.
As condições climáticas são a grande bandeira amarela no momento e o principal fator de risco para os próximos meses. Alguns modelos climáticos sugerem chuvas irregulares e abaixo das médias em importantes regiões produtoras, principalmente no centro – oeste e isso pode impactar a produtividade da soja que está sendo plantada e dificultar a janela da safrinha que será plantada a partir do ano que vem. No Sul a situação é menos crítica e alguns estados, devem ter boas colheitas na próxima safra.
Diante desse cenário a Conab revisou suas expectativas para a próxima safra 23/24, de acordo com a companhia a soja deverá atingir uma produção estimada em 162,4 milhões de toneladas, com um crescimento de 2,8% na área a ser semeada, o que ainda consolida o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa.
Quanto ao milho, houve redução de 5% na área total a ser cultivada, com produção prevista de 119,1 milhões de toneladas. Já para o algodão, é esperado um crescimento de 4,2% na área a ser semeada, e produção de pluma em 3,04 milhões de toneladas.
No caso do arroz, há expectativa de crescimento de 5,2% na área que está sendo semeada e produção de 10,8 milhões de toneladas, crescimento também no feijão, previsto em 3,3% na área total a ser semeada com as três safras, e com a produção total no país de 3,1 milhões de toneladas.
Nesse período o preço das commodities seguiu pressionado pela larga oferta de grãos mundial. O avanço da colheita americana e as perspectivas para as safras brasileiras e argentina seguram o mercado não permitem grandes recuperações, porém no último mês vimos algumas oscilações nos preços motivadas pelas incertezas com o cenário climático brasileiro.
A variação cambial também tem tido forte influência nos preços. Apesar da taxa de juros americanos ter sido mantida estável na última reunião do FED (banco central americano) ainda existem indicações de que os juros americanos podem continuar elevados até o final do ano com isso o real tem enfrentado certa desvalorização e chegou a fechar no começo desse mês na casa dos 4.90, valor que não era visto já há alguns meses.
O mercado agora segue também atento aos conflitos em Israel e com cautela e aversão ao risco como pilares no momento.
Qual o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes?
Apesar dessas variações nos preços dos grãos, se olharmos para o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de outubro fechou em 1,02 em outubro de 2023, refletindo leve alta de 2% nos preços dos adubos, em comparação ao mês anterior e abaixo do índice do mesmo período de 2022 registrado em 1,20.
O patamar ainda favorece a relação de troca nesse momento de final de safra de verão e preparativos para a safrinha, principalmente para o produtor rural que investe em adubos de qualidade para obter incrementos de produtividade e rentabilidade.
Nos próximos dias o mercado segue a clima no Brasil e aos possíveis impactos da falta e excesso de chuva na produtividade da soja e no calendário de plantio da safrinha. O mercado segue atento também aos próximos anúncios do USDA sobre a safra americana, e safra mundial em especial a expectativa de oferta e demanda do órgão que deve ser divulgada nos próximos dias.
Completando o cenário as incertezas geopolíticas seguem ocupando lugar de destaque nas preocupações do mercado, ainda que difícil mensurar o impacto dos conflitos no agronegócio, o mercado segue atento a situação de Israel e da Ucrânia.
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Variação dos preços da soja e milho
Nos últimos trinta dias o agronegócio foi marcado pelo início das colheitas americanas de soja e milho, que já se aproximam de 30%, pelo fim da colheita das lavouras de milho segunda safra no Brasil, também conhecido como “safrinha” e pelo andamento do plantio e desenvolvimento das safras de verão, com cerca de quase 10% de avanço no plantio da soja em todo o Brasil.
As condições climáticas, tem ditado o ritmo do plantio favorecendo algumas regiões como é o caso do Paraná e atrasando os trabalhos em outras, como no centro-oeste, por exemplo. Mas as expectativas continuam favoráveis e de acordo com os últimos números divulgados pela Conab a safra 23/24 deve ser a segunda maior da história do país.
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