O Boro (B) teve sua essencialidade comprovada em 1923 e possui diversas funções fisiológicas nas plantas: divisão e alongamento celular, fotossíntese, translocação de açúcares, biossíntese de parede celular (cerca de 90% do B na planta), entre outras.
Continue a leitura e saiba como o Boro pode ser um aliado no aumento da produtividade.
O que é Boro e qual a sua importância
O B é um dos micronutrientes que mais limita o atingimento de altas produtividades, sobretudo em solos do bioma Cerrado. Para compreendermos a complexidade e os desafios do manejo do B nos sistemas agrícolas é fundamental conhecermos suas características físico-químicas e sua dinâmica no solo e na planta.
Diferentemente dos demais nutrientes, que estão presentes na solução do solo na forma iônica, com carga positiva ou negativa, o B se encontra, prioritariamente, na forma molecular de ácido bórico (H3BO3), sem cargas. Em função disso, o B possui algumas peculiaridades que tornam seu manejo um tanto quanto desafiador.
A primeira delas é que grande parte do B no solo não é adsorvida às cargas do solo, por isso o B possui grande mobilidade e fica propenso à perdas por lixiviação. Outra decorrência desta característica é a dificuldade em aumentar os teores de B disponível no solo. Aplicações em altas doses, sobretudo com fontes solúveis, podem provocar fitotoxidez. Desta forma, podemos concluir que o principal reservatório de B no solo é a matéria orgânica.
Outra peculiaridade do B é sua baixa mobilidade na grande maioria das plantas cultivadas, o que torna inviável o seu fornecimento exclusivamente via foliar, pois seriam necessárias várias aplicações para fornecer as quantidades exigidas pelas culturas. Assim, é fundamental o fornecimento constante de B via solo durante todo o ciclo, uma vez que ele desempenha funções fisiológicas e bioquímicas fundamentais em todos os estádios fenológicos e sua absorção pelas culturas ocorre durante todo o ciclo.
Quais são os desafios do manejo de Boro
Por ser um micronutriente, as doses recomendadas são relativamente baixas (para a cultura da soja na região do Cerrado ficando em torno de 1,0 a 2,0 kg/ha) e a faixa entre suficiência e toxidez é relativamente estreita. Portanto, o fornecimento contínuo de B via solo e sua aplicação uniforme são os principais desafios e fatores fundamentais para o sucesso do manejo deste nutriente nos sistemas de produção, uma vez que aplicações desuniformes causam fitotoxidez em regiões que recebem doses maiores e deficiência em regiões que recebem doses menores.
Assim, uma alternativa eficiente para garantir o fornecimento de B durante todo o ciclo da cultura é combinar fontes de diferentes solubilidades. A fonte mais solúvel é responsável pelo suprimento de B nos estágios iniciais e a fonte menos solúvel garante o suprimento de B até os estágios finais. A adição uniforme destas duas fontes de B em grânulos de cloreto de potássio é uma tecnologia que permite a aplicação uniforme e a disponibilidade constante de B, o que resulta em altas produtividades com baixo custo operacional.
Como a Mosaic pode te ajudar nesse desafio
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