A falta de fósforo nas plantas é observada com frequência em solos de baixa fertilidade, bem como naqueles que, naturalmente, já sofrem com a falta desse nutriente. Um exemplo são os solos do cerrado brasileiro.
Essa disponibilidade e, até mesmo a absorção do Fósforo, é afetada por fatores como:
- Acidez ou alcalinidade;
- Tipo e quantidade de argila;
- Umidade e compactação do solo;
- Concentração na fase líquida do solo (solução);
- Modo e aplicação de fertilizantes; e
- Baixas temperaturas em determinadas fases da planta.
Com a falta desse nutriente, a planta sofre diversos danos, como a redução no crescimento, e folhas com coloração arroxeada devido ao acúmulo de açúcares que favorecem a produção de antocianina (pigmento vegetal roxo).
As folhas com esse sintoma consequente da desnutrição, sofrem uma necrose nas áreas afetadas, caindo prematuramente, e retardando sua frutificação.
Em determinadas culturas, a deficiência de fósforo não apresenta sinais claros durante os primeiros estágios de crescimento, o que atrasa a percepção visual dessa deficiência, e muitas vezes não permite uma correção efetiva em tempo hábil, principalmente naquelas de ciclo curto (anuais).
O fósforo é um nutriente móvel na planta, consegue ser redistribuído via floema, e isso faz com que a deficiência dele se manifeste primeiro nas folhas mais velhas.
Para se evitar os problemas ocasionados pela carência desse nutriente, uma correta amostragem do solo, o acompanhamento do desenvolvimento da lavoura e o monitoramento nutricional através da análise de folhas são fundamentais.
Através dessas ações e interpretando corretamente os resultados, além de conhecer o histórico da região, recomendações de correção ou manutenção deverão ser feitas. Caso seja uma cultura perene, poderão ser feitas ao longo do ciclo, já uma cultura anual, o manejo deverá ocorrer no próximo ciclo, evitando que a deficiencia do fósforo no solo não afete ainda mais sua produtividade.
Gustavo Daltto e Equipe de Serviços Agronômicos