Fertilizantes-Mosaic

O que são fertilizantes e quais suas funções?

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Os fertilizantes são substâncias ou um conjunto de substâncias aplicadas em uma lavoura com o objetivo de fornecer nutrientes para o desenvolvimento das plantas, podendo ser aplicados via solo ou via foliar. De maneira geral, estes podem ser classificados em minerais ou orgânicos.

Os minerais são aqueles de origem natural ou produzidos em indústrias químicas – o que lhes confere garantia da concentração dos nutrientes presentes, bem como ação mais rápida e eficiente na disponibilização de nutrientes quando comparados aos orgânicos.

Assim, sabendo de nossa crescente demanda mundial por alimentos, os fertilizantes possuem papel essencial para garantir equilíbrio de nutrientes ao solo, suprir a necessidade nutricional das plantas e seu desenvolvimento, resultando em lavouras mais produtivas.

Quem pode produzir fertilizantes?

Os fertilizantes podem ser produzidos por indústrias permitidas e qualificadas, a partir da obtenção de matérias-primas, como por exemplo: gás natural, rochas fosfatadas e potássicas, entre outros. É possível também obter insumos intermediários como ácido sulfúrico, ácido fosfórico, amônia, ureia etc. São produtos finais entregues pelas fábricas: MAP, superfosfato triplo, superfosfato simples, ureia, que dão origem aos fertilizantes granulados e as formulações de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio).

Como os fertilizantes são produzidos?

O processo de produção tem algumas etapas, sendo elas:

  1. A indústria realiza a extração da matéria-prima, como as rochas potássicas e fosfáticas;
  2. Produção de matérias-primas inorgânicas, como ácidos sulfúricos e ácidos fosfóricos;
  3. Obtenção de produtos como o superfosfato simples e superfosfato triplos;
  4. Granulação e a mistura dos elementos originando assim produto final;
  5. A última etapa é o processo de comercialização e distribuição.

Atualmente no Brasil os produtos mais fabricados são os fertilizantes fosfatados, fertilizantes potássicos e fertilizantes nitrogenados.

Quais são os fertilizantes mais usados?

Os fertilizantes são indispensáveis para a agricultura, pois os mesmos, melhoram a saúde do solo, promovem condições saudáveis para as plantas e proporcionam a elas um crescimento com grande vigor, elevando sua produtividade.

Eles podem ser encontrados de várias formas, como granulado, sólido, pó e líquido. Estão divididos em dois grupos: macronutrientes (cálcio, enxofre, fósforo, magnésio, nitrogênio e potássio) e micronutrientes (boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco), cada um tem sua importância e função específica na planta.

Todos os fertilizantes citados acima são utilizados no Brasil. O que muda é a especialidade que cada cultura exige no seu manejo, ou a necessidade desses elementos no solo de cada região brasileira.  

Os maiores volumes consumidos de fertilizantes, são os chamados de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), portanto, são os mais usados. Isto se deve pela alta demanda das culturas por estes elementos. Lembrando que, todos os elementos são essenciais para o bom desenvolvimento das plantas.

Quais são os tipos de fertilizantes que existem segundo a legislação brasileira?

Para aumentar a produtividade da lavoura, é comum o uso de insumos que agreguem em valor nutricional e produtivo. Para isso, existem algumas possíveis fontes. Os mais conhecidos são os minerais, que têm como vantagem uma liberação rápida de macro e/ou micronutrientes. Há também os fertilizantes orgânicos, que advém de materiais vegetais ou animais e são conhecidos por serem os primeiros fertilizantes da agricultura.

Além dessas opções, também existem os fertilizantes organominerais, que são adubos orgânicos com acréscimo de nutrientes minerais – mas não basta apenas misturar esses elementos, pois o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) exige o cumprimento de algumas regras para que o produto seja mesmo considerado organomineral. Veja abaixo alguns detalhes sobre cada tipo:

Fertilizante simples

Formado de um composto químico, contendo um ou mais nutrientes das plantas.

Fertilizante misto

Resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes simples.

Fertilizante complexo

Contém dois ou mais nutrientes, resultante de processo tecnológico em que se formem dois ou mais compostos químicos.

Fertilizante mineral

O fertilizante mineral ou químico é produzido através de processo extração de rochas, que podem ser fosfatadas ou potássicas. Através de práticas industriais, são extraídos nutrientes macro e micro, que são responsáveis pois nutrir as plantas e tornar as lavouras mais produtivas.

Fertilizante orgânico

De fonte vegetal ou animal, os adubos orgânicos podem nutrir as plantas e melhorar as condições microbiológicas do solo. Vale observar que esses resultados podem ser mais lentos, se comparados com outros tipos de fertilizantes e a sua utilização em larga escala pode favorecer contaminações, por isso é importante que seja feita com apoio de um profissional do setor agronômico. Alguns tipos bastante utilizados são:

  1. Farinha de ossos;
  2. Produto de compostagem;
  3. Esterco animal;
  4. Biofertilizantes;
  5. Húmus de minhoca.

Fertilizante composto

Obtido por processo bioquímico, natural ou controlado com mistura de resíduos de origem vegetal ou animal.

Fertilizantes organominerais

Como citado, essa opção é uma junção entre o orgânico e o mineral. Em geral, além de nutrir as plantas, esse fertilizante também pode melhorar a saúde do solo, devido à atuação de microrganismos ali contidos.

Qual a diferença entre adubos e fertilizantes?

Apesar de serem nomes diferentes, adubo e fertilizante denominam a mesma substância que fornece um ou mais nutrientes para as plantas, podendo ser mineral ou orgânica, natural ou sintética. Geralmente a denominação fertilizante é utilizada em contextos mais formais, enquanto o termo adubo é usado para um público mais amplo com garantia de maior entendimento.

Vale ressaltar que o fertilizante/adubo tem o objetivo de fornecer a nutrição adequada para as plantas e buscar aumentos expressivos de produtividades. A sua aplicação é indispensável para a melhoria da fertilidade química do solo. No entanto, a aplicação do fertilizante/adubo sem o uso racional pode acarretar problemas ambientais e com altos custos econômicos, sendo que a aplicação exagerada de um nutriente pode reduzir a absorção de outro nutriente, ocasionando perdas de produtividade.

Qual é o objetivo dos fertilizantes minerais?

As plantas nos fornecem nutrientes para nossa sobrevivência, no entanto, elas precisam ser bem nutridas para que possam nos fornecer tais nutrientes. Tal nutrição pode ser adicionada ao solo de forma manual ou mecânica para que as produtividades quantitativas e qualitativas sejam alcançadas.

Os fertilizantes possuem como principal intuito elevar a disponibilidade de nutrientes presentes no solo para serem absorvidos e aproveitados pelas plantas ali cultivadas, resultando em maiores produtividades. Os fertilizantes minerais possuem uma quantidade de nutrientes mais exata na sua composição, entregando na sua formulação os nutrientes necessários para determinado momento da cultura, sendo eles macro ou micronutrientes.

Ainda, quando se trata de um fertilizante mineral sintético, por ser produzido por um processo que se inicia de um mineral e é sequencialmente processado industrialmente, os fertilizantes minerais sintéticos geralmente apresentam uma ação mais rápida quando comparados aos fertilizantes orgânicos, por exemplo.

O que são fertilizantes NPK?

Estes fertilizantes são aqueles que possuem os nutrientes nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) na sua composição. As plantas possuem uma alta demanda nutricional de NPK, sendo necessário aplicação de grandes quantidades de fertilizantes NPK para complementar a oferta desses nutrientes no solo.

A adubação nitrogenada é aquela que dispõe da aplicação de fertilizantes utilizados como fonte de nitrogênio, assim como a adubação fosfatada para fósforo e adubação potássica para potássio. A combinação destes três nutrientes na formulação de um fertilizante ocorre a partir da mistura de diferentes fontes, seja em no mesmo grânulo ou em grânulos separados.

Como usar e aplicar fertilizantes?

O uso de fertilizantes tem um papel fundamental para promover o alcance máximo do potencial produtivo das novas tecnologias adotadas na agricultura. Entretanto, a aplicação destes fertilizantes deve ser realizada de acordo a cultura implantada, manejo, sistema de produção, fertilidade e tipo do solo e condições climáticas da área agrícola de sua propriedade. Tendo em vista todos esses fatores, torna-se possível adotar uma ou mais formas de aplicação de adubos no campo, podendo ser realizada durante a semeadura, à lanço, localizada, por irrigação e por pulverização.

Fertilização na semeadura

Também conhecida como adubação na linha ou no sulco de plantio, ocorre no momento da implantação da cultura, ou seja, durante a semeadura da lavoura no campo. O adubo é depositado alguns centímetros abaixo das sementes. Deve-se tomar o cuidado com os fertilizantes nitrogenados e potássicos para não favorecem ambientes salinos próximo as raízes da planta a fim de não prejudicar o crescimento e o desenvolvimento delas.

Uma das vantagens dessa adubação é a proximidade dos nutrientes disponibilizados por este fertilizante no sistema radicular da planta, principalmente quando se trata do fósforo (P). Este macronutriente é altamente adsorvido pelos coloides do solo, uma vez que os solos tropicais possuem baixos teores de fósforo.

Em questões operacionais, o implemento de semeadura deve possuir as caixas de adubos e as demais conexões de deposição de fertilizante no interior do solo. A aplicação de fertilizante juntamente com a semeadura favorece a otimização operacional, reduzindo os custos com combustíveis, mão de obra e tempo. Além disso, evita a possibilidade de compactação do solo, visto que reduz o trânsito de máquinas agrícolas realizando diferentes operações na área.

Adubação a lanço

Neste tipo de aplicação, o fertilizante é distribuído a lanço por implementos específicos e o volume do adubo pode ser aplicado na sua totalidade ou de forma parcial na área. A aplicação a lanço pode ser realizada antes do plantio, como também durante ou após a semeadura da lavoura. Esta prática é muito usual para adubos que possuem nutrientes com maior mobilidade no solo, por exemplo o potássio (K).

A textura do solo é um dos principais fatores que definirá o parcelamento da aplicação do fertilizante. Em solos com textura mais arenosas recomenda-se o parcelamento da adubação a lanço, pois este solo apresentará maior macroporosidade e, consequentemente, maior infiltração de água e lixiviação dos nutrientes ao longo do perfil do solo.

Esta aplicação muitas vezes pode estar associada a incorporação deste adubo distribuído a lanço a partir do revolvimento do solo na sequência. Entretanto, em sistemas conservacionistas consolidados, a aplicação a lanço torna-se viável uma vez que os teores dos nutrientes se encontram próximos dos níveis elevados aliado ao não revolvimento do solo.

Aplicação pneumática de fertilizantes

A aplicação localizada dos fertilizantes é uma técnica utilizada para otimizar a entrega do adubo próximo à planta. A partir de implementos pneumáticos, tubos com ar dirigido, é possível direcionar os diferentes fertilizantes sólidos na base superficial das plantas, garantindo a proximidade dos nutrientes para o sistema radicular.

Este tipo de aplicação é recomendado para lavouras que possuem grandes distâncias no espaçamento entre as linhas de plantio. Ou seja, a maior vantagem dessa aplicação é a redução do desperdício dos fertilizantes em áreas sem sistema radicular.

Fertilização por irrigação

A adubação por irrigação, conhecida também como fertirrigação, é uma prática comum para aplicação de adubos sólidos diluídos em água e aplicado em sistemas de irrigação por aspersão ou gotejamento. Em culturas anuais, muitos produtores rurais aproveitam a estrutura do pivô central para realizar a fertirrigação, assim como em culturas perenes é utilizado o sistema de gotejamento para a fertilização da cultura.

Fertilização por pulverização

A aplicação de fertilizantes por pulverização consiste na utilização de adubos líquidos destinados para diluição em água e posteriormente pulverizados na lavoura e que a planta faça a absorção dos nutrientes via foliar.

Os fertilizantes foliares são amplamente utilizados na agricultura brasileira e têm trazido diversos benefícios para as plantas, desde proteção aos fatores bióticos e abióticos como no aumento de produtividade. Para a aplicação, deve-se seguir as recomendações de dose por cultura e as orientações dos fabricantes diante a ordem de mistura de diferentes produtos no tanque de pulverização a fim de garantir a qualidade física e química da pulverização.

Deve-se atentar na demanda nutricional da cultura para evitar a deficiência ou o excesso do nutriente à planta. Torna-se impossível a substituição da adubação sólida (NPK) pela adubação foliar, já que a exigência nutricional vegetal é superior para os macronutrientes em relação aos micronutrientes. Ou seja, a adubação foliar é eficiente quando o objetivo da nutrição é a disponibilização de micronutrientes para as plantas.

Outro fator a ser considerado é a mobilidade destes nutrientes na planta, visto que quando o micronutriente é imóvel na planta será necessária uma maior periodicidade de pulverização com este nutriente.

Impacto dos fertilizantes na agricultura brasileira

Quando se avalia a agricultura brasileira nas últimas 4 décadas, fica claro que o Brasil deixou de ser um país que importava alimentos para alimentar sua população, para ser tornar o país “celeiro do mundo”, que alimenta todo o globo.

Essa grande mudança de cenário se deve ao impacto positivo de várias tecnologias empregadas na agricultura. Entre elas, o uso de fertilizantes, que passou de 2 milhões de toneladas em 1975, para 46 milhões de toneladas em 2021, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA). Ainda de acordo com a ANDA, o Brasil é hoje o 4º país no mundo que mais consome fertilizantes, o que representa em torno de 8% do consumo mundial. 

Como consequência do uso de insumos e tecnologias, a produção de grãos saltou, de 46 mil toneladas em 1977, para 271 milhões de toneladas em 2021. Esse cenário coloca o Brasil hoje como o principal produtor mundial de soja e o terceiro maior produtor mundial de milho, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

Solos bem adubados, aliado ao manejado adequado, possibilitam plantas com nutrição equilibrada, maior vigor para fatores bióticos e abióticos e, consequentemente, alcançar os respectivos tetos produtivos. Além disso, a utilização do solo como um recurso de produção agrícola sustentável favorece a integridade do meio ambiente, evitando a degradação física, química e biológica do solo. Ou seja, o uso racional de fertilizantes também tem impacto positivo para mitigar a degradação dos solos cultivados, além de promover a manutenção da sua saúde.

Técnicas e produtos de fertilização

Como já citado anteriormente, algumas técnicas de fertilização são conhecidas, como:

  1. Fertilização na semeadura;
  2. Adubação a lanço;
  3. Aplicação pneumática de fertilizantes;
  4. Fertilização por irrigação;
  5. Fertilização por pulverização.

A técnica mais adequada de fertilização vai depender da sua realidade produtiva e do objetivo do cultivo. Por isso, sempre procure os profissionais da área, como Agrônomos(as), que são os profissionais mais capacitados para recomendar a melhor técnica de aplicação de fertilizantes para sua lavoura.

E para te ajudar com esse desafio a Mosaic Fertilizantes, comprometida com a missão de ajudar o mundo a produzir os alimentos de que precisa e de apoiar o agricultor e o pecuarista na sua jornada produtiva a fim de maiores produtividades, de forma rentável e sustentável, apresenta uma ampla linha de produtos para nutrição de safras. Com opções para o desenvolvimento e manutenção das mais variadas culturas. Confira!

Especialista em Desenvolvimento de Mercado Mosaic Fertilizantes: Zieglenristen Calábria.

Assistentes Técnicos Comerciais Mosaic Fertilizantes – MATOPIPA: Beatriz Martinelli, Laiane Ramos, Huggo Borges, Rubenalto Almeida, Igor Franco, Mayhara Pires, Diego Echeverria.

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