agricultura-no-brasil-produtor-trabalhando-na-lavoura

Evolução da agricultura no Brasil

agricultura-no-brasil-produtor-trabalhando-na-lavoura

7 min para ler

agricultura-no-brasil-produtor-trabalhando-na-lavoura

A evolução da agricultura no Brasil passou por diversas fases de melhoramento e adaptação dos processos produtivos, passando de um país importador de alimentos para um dos maiores provedores de produtos alimentícios do mundo.

Contudo, nem sempre o Brasil foi denominado como o “celeiro do mundo”, sendo responsável pela exportação de alta quantidade de alimentos, seja de carne como cereais, frutas e seus derivados para diversos países. Assim, neste artigo veremos mais detalhes desta história

Principais ciclos da agricultura no Brasil

A evolução da agricultura no Brasil transpassa o que conhecemos hoje sobre tecnologias e manejos na produção agrícola. Para se ter uma ideia, os povos indígenas já faziam uso de calendários agrícolas baseados na astrologia, assim como sistemas de seleção de variedades e diversificação de culturas.

Assim, espécies agrícolas como mandioca, batata doce, inhame, cará e taioba eram cultivadas e utilizadas na culinária. O manejo dos cultivos dos povos indígenas seguia o ecossistema das características semelhantes da vegetação nativa, baseada na diversidade de espécies.

Ciclo do Pau-Brasil e do açúcar

Com a ocupação europeia no território nacional no século XVI, de caráter exploratório, iniciou-se o extrativismo do pau-brasil. A árvore nativa do Brasil foi a primeira atividade econômica feita pelos portugueses devido a resina vermelha encontrada na madeira, era usada na produção de corante para tecidos e sua exploração foi tão intensa que esta espécie quase foi extinta. O ciclo do pau-Brasil, foi até meados de 1530, o Pau-Brasil foi o principal produto comercializado entre a colônia e a metrópole.

A partir de 1530, iniciou-se o ciclo do açúcar que resistiu até o século XVIII, como base da economia colonial. Como iniciativa de colonização do território brasileiro, contra as ameaças de invasão pela França e Holanda, a Coroa portuguesa implementou as capitanias hereditárias e iniciou o cultivo de cana-de-açúcar nas regiões Nordeste e Sudeste. A escravidão africana, os latifúndios e a monocultura de exportação passaram a ser a base do sistema econômico da colônia. O cultivo de outras espécies agrícolas, assim como a criação de animais tinham a finalidade de subsidiar alimentos para a população local.

Diante da competividade do açúcar do Caribe e a descoberta de jazidas de ouro, a produção de açúcar teve a sua importância minimizada. A mineração de ouro possibilitou no desenvolvimento de outras culturas em diferentes regiões, devido aos novos povoados que surgiram.

Ciclo do algodão

Com o declínio da extração do ouro, entre os séculos XVIII e XIX, ocorria a Revolução Industrial Inglesa e a crescente necessidade de matéria prima para as indústrias têxtil, com isso iniciou o ciclo do algodão. Novamente, baseada na mão de obra de africanos escravizados, na monocultura e em latifúndios, a produção de algodão se estendeu pelos estados do Maranhão, Bahia, Pará, Pernambuco, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro, e o país se tornou um dos principais fornecedores de algodão cru no mundo.

Durante o ciclo do algodão, houve investimentos em infraestrutura de transporte para escoamento da produção e urbanização nas regiões produtoras. Uma série de fatores, tais como o fim da escravatura, concorrência internacional, descontrole de pragas e doenças nas plantações e mudanças nas políticas governamentais, levaram ao declínio o ciclo do algodão no Brasil.

Ciclo do café

Em contrapartida, a cafeicultura estava em pleno crescimento e desenvolvimento na região Sudeste, iniciando o ciclo do café. Entre os séculos XIX e XX, o café foi o principal produto de exportação do país. Estas exportações favoreceram grandes mudanças políticas, econômicas e culturais para o Brasil, como por exemplo construção de ferrovias, industrialização dos principais centros, sistemas bancários e oferta de empregos.

O estado de São Paulo se destacou na produção do café, principalmente pela fertilidade do solo. Neste período houve uma crescente imigração no país para o trabalho no campo. O país se modernizou para atender os setores que supriam a demanda do café. Entretanto, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929, reduziram a compra do café pelos Estados Unidos, principal comprador, houve desvalorização do grão no mercado internacional, e aliado aos reflexos da Revolução de 1930 no Brasil, o ciclo do café termina.

Neste período, exceto o café, as demais culturas agrícolas e pecuárias não apresentavam importância econômica, apenas para o subsídio do mercado interno. O Brasil era um país importador de grande parte dos alimentos para a população. Apresentava produção agrícola rudimentar e com baixo rendimento.

Assim, na década de 1960, o Brasil apresentava um cenário de alta industrialização, aumento dos centros urbanos e de população com maior poder aquisitivo. Diante deste contexto, o governo iniciou uma série de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de tecnologias adaptadas para as características do país. Com isso, iniciava o desenvolvimento da agricultura moderna no Brasil.

História da agricultura moderna brasileira

A partir deste cenário, estratégias governamentais de fomento à extensão rural para a difusão de técnicas agrícolas, que almejavam maiores produtividades, foram difundidas entre os produtores do país. A criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi bem-sucedida, visto que o seu objetivo maior era promover o avanço tecnológico na agricultura tropical, a partir do desenvolvimento de pesquisas agropecuárias nas regiões do Brasil e garantir a entrega de materiais e técnicas adequadas para as condições rurais brasileiras.

A utilização destas técnicas possibilitou o avanço da agricultura no bioma cerrado, antes dito como área improdutiva e inviável para produção agrícola. Em suma, locais como Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul apresentam grandes áreas cultivadas por cereais, principalmente soja e milho.

Cenário atual da agricultura e iniciativas da Mosaic

Atualmente, o Brasil garante a segurança alimentar da sua população, além de suportar o arranjo industrial que supre a demanda agropecuária, geração de emprego e renda. Responsável por 21% dos empregos formais no país, a agricultura foi responsável no ano de 2022, por 24,8% do PIB e 47,6% das exportações brasileiras. Apresenta liderança mundial na produção de soja e é também o quarto maior produtor de algodão.

Além disso, também é o maior exportador mundial de carne bovina e de suco de laranja. Apesar da maior diversificação da produção agrícola do país, a soja representa maior importância no mercado agrícola. Por fim, o Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo. Estaríamos então vivenciando o ciclo da soja?

Diante da evolução da agricultura no Brasil, a Mosaic desenvolve produtos e soluções que elevam a produtividade das lavouras, conservando os recursos naturais e uma produção agrícola sustentável. Ao integrar conhecimento agronômico e inovação, oferece aos produtores uma série de fertilizantes com nível tecnológico alto, para otimizar a produtividade das áreas manejadas.

Além disso, também temos a responsabilidade de contribuir para a segurança alimentar global na medida em que oferecemos conhecimento, produtos e assistência técnica para o melhor manejo e aplicação de nutrientes no campo.

Quer saber mais sobre nossos produtos? Clique aqui e escolha o que mais se adequa às suas necessidades.

Tags

Comece agora a aumentar a sua produtividade!