O termo agricultura sustentável, que desde a década de 70 tem ganhando espaço cada vez mais e, pode ser definido, como um conjunto de práticas destinadas a maximizar a produtividade agrícola e ao mesmo tempo, em reduzir os impactos negativos ao meio ambiente.
Entre as práticas adotadas, o uso de microrganismos na agricultura tem-se destacado, pois favorecem o ambiente radicular e melhoram o aproveitamento dos recursos naturais do ecossistema. Continue a leitura e entenda como as Rizosbactérias se destacam nessa prática.
O que são Rizobactérias?
A exemplo desses microrganismos, as Rizobactérias se destacam, sendo bactérias situadas próximo a região radicular das plantas que podem viver de forma livre no solo, em associação simbiótica com as raízes ou sobre matéria em decomposição, oferecendo grandes benefícios para a agricultura.
Dentre as espécies mais bem estudadas, conforme EMBRAPA (2021), pode-se citar bactérias dos gêneros Pseudomonas, Azospirillum, Bacillus, Rhizobium, Bradyrhizobium, e entre outras.
Essa associação entre as bactérias e plantas, é uma relação funcional, harmônica e produtiva entre dois organismos, os quais interagem de modo ativo visando ao proveito mútuo.
Como se dá a relação simbiótica das Rizobactérias com as plantas?
Ao envolver as raízes, as Rizobactérias podem funcionar como uma barreira protetora do sistema radicular a ataques de fitopatógenos, como fungos, bactérias e até mesmo nematoides, promovendo um melhor desenvolvimento de plantas.
Como outra forma de sinergismo com as raízes, essas bactérias podem liberar hormônios que auxiliam no crescimento de plantas, sendo chamadas de Rizobactérias promotoras de crescimento de plantas. Além disso, podem permitem o melhor aproveitamento de nutrientes, como nitrogênio e fósforo por esses vegetais.
Bactérias do gênero Azospirillum, são consideradas as principais no quesito crescimento de plantas, são grandes produtoras de auxina, hormônio vegetal que estimula a multiplicação de células bem como o crescimento destas.
Durante a associação com as plantas de soja, as espécies de Bradyrhizobium, por exemplo, são as responsáveis pela formação dos nódulos que realizam a fixação biológica de nitrogênio (FBN), ou seja, de forma natural ocorre a absorção de nitrogênio pelas plantas.
E as Pseudomonas, são bactérias que liberam ácidos orgânicos capazes de auxiliar na disponibilidade de fósforo, ou produzem compostos orgânicos que capturam elementos fixadores do nutriente deixando-o disponíveis para a absorção.
É uma relação que se dá pela troca de “favores”, ou seja, enquanto a planta libera substâncias orgânicas por toda a parte da raiz em condições naturais do seu ciclo, as bactérias usam destas como fonte de energia para a sobrevivência e também liberam substâncias que podem promover crescimento, maior uso de nutrientes, proteção contra patógenos e ainda tolerância a estresses.
Benefícios das Rizobactéricas para a agricultura
O uso das bactérias simbióticas, é uma forte tendência na agricultura brasileira, de forma sustentável podem promover um desenvolvimento satisfatório nos campos de produção.
Considerando a demanda de nutrientes por plantas, no caso do nitrogênio e a soja, o uso de Rizobactérias fixadoras é o que contribui na boa produção da cultura no país, considerando os dados econômicos de fertilizantes junto a alta exigência do nutriente, o que traz lucratividade ao produtor rural.
A facilidade de aplicação e não ser prejudicial a saúde humana, é fator considerável para a adoção dessas práticas, visando o bem-estar, a segurança e principalmente a saúde dos profissionais que operam as aplicações de campo.
A liberação de nutrientes retidos na matéria orgânica é uma atividade comum entre as bactérias, chamada de mineralização, que consiste em transformar os nutrientes na forma absorvida pelas raízes, evitando possíveis perdas de produção por deficiência nutricional, e até mesmo possibilitando economias ao produtor.
Estratégias de uso das Rizobactérias
Os bons resultados advindos do uso dessas bactérias dependem de como serão utilizadas na agricultura, por se tratar de organismos vivos, se torna importante o posicionamento correto para atingir os resultados de produtividade.
Os melhores resultados de bactérias colonizadoras de raízes se dá pela aplicação direto na região da raiz, ou seja, no tratamento de sementes, ou via pulverização no sulco de plantio.
O uso de bactérias fixadoras de nitrogênio combinado com bactérias promotoras de crescimento, é uma estratégia adotada por muitos produtores que buscam otimização e resultados, pois trabalham em uma nodulação mais eficiente, com formação de nódulos e crescimento de raízes.
Assim como o uso das bactérias para o melhor aproveitamento de fósforo associados com as promotoras de crescimento. Enquanto as primeiras atuam na disponibilidade do nutriente, a segunda favorece o maior contato de raízes com o perfil do solo, fazendo com que haja maior alcance planta-nutriente.
Além dessas estratégias, é importante se atentar a recomendação do fornecedor, sobre a aplicação a depender do estádio fenológico da cultura. Não realizar misturas de bactericidas com produtos a base de bactérias benéficas, também são formas de explorar ao máximo o potencial desses organismos.
Esses benefícios e o melhor aproveitamento desses organismos, podem ser obtidos com o uso dos produtos da Mosaic Biosciences, onde a qualidade e facilidade de operacional faz com quem o produtor rural tenha ótimos resultados em sua lavoura.