Agricultor verificando a plantação de soja.

Desvendando os segredos do solo: o preparo ideal para o plantio de soja

Agricultor verificando a plantação de soja.

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Agricultor verificando a plantação de soja.

A gestão do solo é o passo inicial e, possivelmente, o mais crucial no procedimento do plantio de soja e de plantas anuais. Envolve uma série de técnicas que, se devidamente planejadas e implementadas, minimizam o impacto no meio ambiente, os gastos de produção e, ao longo do tempo, potencializam a produtividade das culturas.

Confira as informações essenciais que preparamos para ajudar você a preparar o solo de maneira adequada e garantir um plantio de soja de sucesso! Leia mais no artigo a seguir!

Quando começa o plantio de soja?

Em cada região do Brasil, há uma época ideal para o plantio de soja devido às grandes dimensões do território brasileiro.

Descubra a melhor época de plantio de soja em diferentes regiões:

  • Região Norte – maio a junho e outubro a janeiro;
  • Região Nordeste – outubro a janeiro;
  • Região Centro-Oeste – setembro a dezembro;
  • Região Sudeste – outubro a dezembro;
  • Região Sul – setembro a janeiro.

É essencial que o produtor de soja se planeje adequadamente para o plantio, pois um planejamento bem elaborado é fundamental para o sucesso da lavoura.

Dicas para preparar o solo antes do plantio da soja

O preparo do solo consiste na intervenção física na terra com foco essencialmente nos objetivos a seguir:

  • Gestão de plantas invasoras;
  • Estabelecimento de condições propícias para a germinação e o crescimento da soja;
  • Integração e mesclagem de calcário, fertilizantes e substâncias químicas no solo;
  • E o compostagem de resíduos vegetais.

O produtor deve observar três aspectos básicos para garantir um preparo de qualidade e minimizar o impacto negativo sobre o solo:

  • Diminuir ao máximo a intensidade de revolvimento e o número de deslocamentos;;
  • Examinar a umidade adequada do solo para a execução das atividades (solo friável, estado reconhecido quando um material, obtido na profundidade média de atuação da ferramenta, é sujeito a uma leve pressão entre os dedos polegar e indicador, e se fragmenta facilmente);
  • Variar ferramentas que atuem em profundidades diversas.

Como fazer um bom plantio de soja?

A soja é a principal commoditie produzida no Brasil. Ocupa atualmente 44 milhões de hectares, correspondentes a 57% da área agrícola nacional. Ao longo de 47 safras, de 1976/77 a 2022/23, a produtividade aumentou 102%, de 29,13 para 58,86 sacos por hectare; um ganho estimado de 0,7484 saco por hectare por ano.

O melhoramento genético e os avanços nas ciências de fertilidade e nutrição, além do manejo fitossanitário, foram essenciais para o sucesso da oleaginosa no território nacional.

Este avanço também afetou o manejo de preparo de solo. Na soja, os métodos de preparo convencional, cultivo mínimo e o sistema de plantio direto estão presentes. Todavia, o principal método utilizado pelos produtores é o SPD.

O método de preparo convencional, representado pelas operações de revolvimento do solo, tem sido empregado principalmente em áreas de conversão. Nessas áreas, anteriormente ocupadas por pastagem antes da soja, geralmente o solo é usado.

Dessa forma, são necessárias operações de revolvimento do solo, com o uso de arados e grades, para o rompimento de camadas compactadas e incorporação de corretivos, como calcário. Essas operações são denominadas primárias.

Posteriormente, pouco antes da semeadura, é executado o preparo secundário, que visa operações com grades niveladoras ou enxadas rotativas, a fim de promover o máximo nivelamento do terreno. Com isso, promove-se a eficácia das operações de semeadura e adubação, beneficiando o crescimento e desenvolvimento da cultura.

O cultivo mínimo e o SPD são empregados com maior ênfase em áreas já consolidadas pela exploração da oleaginosa. No cultivo mínimo, não há revolvimento do solo, mas sim a utilização de implementos como escarificadores ou subsoladores, para o rompimento de camadas compactadas, nas camadas de 0-30 e 0-40 cm, respectivamente. No SPD, há a preconização de três premissas básicas: cobertura permanente do solo, mínimo revolvimento do solo e rotação de culturas.

Sendo assim, no SPD, a semeadura é realizada com semeadoras com discos de corte de palhada e sulcadores, sem a necessidade de revolvimento do solo. Com isso, objetiva-se a manutenção da umidade do solo, além dos teores de matéria orgânica e um melhor ambiente para germinação e emergência da cultura.

A importância do manejo adequado do solo

A manejo adequado do solo deve minimizar a degradação e por conseguinte o esgotamento de solo e nutrientes, promover a diversidade biológica, reduzir a ocorrência de pragas e enfermidades, conservando e/ou ampliando a matéria orgânica do solo (MOS).

É a MOS que é encarregada da CTC e da firmeza das propriedades físicas do solo, como a organização, compressão, porosidade e retenção hídrica. Esses aspectos influenciam a profundidade da ramificação do sistema radicular no solo, a captação e equilíbrio de nutrientes e, consequentemente, o desempenho da produtividade da soja e de outras plantações, especialmente em anos com escassez de água.

A gestão inadequada do solo, realizada de forma equivocada, com práticas de revolvimento anuais, ou por meio do emprego de grade de nivelamento para tratar resíduos de culturas ou para incorporar sementes durante o plantio de certas espécies como aveia, milheto, entre outras, pode acelerar a degradação física, química e biológica do solo, diminuindo gradualmente seu potencial de produção.

Por conta dos benefícios em proteger o solo da erosão e manter a matéria orgânica, o SPD, se implementado de maneira apropriada, é a abordagem principal e a mais indicada para reverter o fenômeno de degradação. Contudo, já que não está isento de contratempos, é necessário geri-lo corretamente para otimizar a produtividade da soja e demais culturas vinculadas.

A alternância de culturas torna possível e intensifica a eficácia do SPD, sobretudo no que tange à diminuição de enfermidades, reutilização de elementos nutritivos, diminuição da propagação de plantas invasoras e aumento da produção.

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