Diversos potes com diferentes tipos de feijão.

Conheça os principais tipos de feijão e como são cultivados

Diversos potes com diferentes tipos de feijão.

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Diversos potes com diferentes tipos de feijão.

O feijão é mais do que um alimento básico nas mesas brasileiras, é um reflexo da diversidade e riqueza do setor agrícola do país. Com uma variedade impressionante, o Brasil se consagra entre os maiores produtores globais dessa leguminosa.

Continue lendo para descobrir os principais tipos de feijão cultivados, conhecer as épocas ideais de plantio, e desvendar como os produtores podem enfrentar os desafios típicos dessa cultura.

Quais são os principais tipos de feijão cultivados no país?

Segundo a FAO, existe uma ampla gama de cultivares de feijão ao redor do globo. No entanto, somente uma fração dessas é adequada para consumo.

A importância econômica do feijão no Brasil é notória, mas apenas as espécies Phaseolus vulgaris (L.) e Vigna unguiculata (L.) Walp., correspondentes ao feijão-comum e ao feijão-caupi, respectivamente, são oficialmente reconhecidas como feijão, para efeito de regulamento técnico, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2008.

Dada sua relevância, a FAO estabeleceu uma data específica em prol deste alimento tão rico. O dia 10 de fevereiro é considerado o Dia Mundial do Feijão. Dentre os tipos de feijão mais populares incluídos, estão:

  • Feijão Carioca;
  • Feijão Preto;
  • Feijão Branco;
  • Feijão Fradinho;
  • Feijão Cavalo;
  • Feijão Rajado;
  • Feijão Jalo;
  • Feijão Rosinha;
  • Feijão Bolinha/Manteiga;
  • Feijão Mulatinho.

Como os tipos de feijão são cultivados no Brasil?

No Brasil, o cultivo do feijão-comum é dividido em três safras principais ao longo do ano.

  1. Primeira Safra:
  • Período: o feijão da 1ª safra é cultivado entre agosto e janeiro e corresponde à metade da extensão cultivada e 40% da colheita nacional.
  • Características: conhecida como “safra das águas”, ocorre no período de chuvas, sendo a principal safra de feijão no país.
  • Regiões: a primeira safra é plantada nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, assim como nos estados de Tocantins e Rondônia.
  1. Segunda Safra:
  • Período: plantação de feijão da segunda safra é planejado para ser cultivado entre janeiro e maio, ocupando 40% da extensão de plantio e representando 38% da produção global.
  • Características: também chamada de “safrinha” ou conhecida como “safra da seca”, a segunda safra é realizada em período de menor incidência de chuvas.
  • Regiões: é realizada nas Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e em uma época exclusiva de plantio no Norte, onde o feijão-comum é plantado juntamente com o milho. Esse ciclo de produção acontece entre os meses de dezembro a abril.
  1. Terceira Safra:
  • Período: plantada entre os meses de março e julho, dependendo da região, e colhida principalmente entre agosto e setembro.
  • Características: também conhecida como safra sob irrigação, de inverno ou simplesmente terceira safra, ocorre em regiões onde o clima mais frio e seco do inverno é propício para o cultivo de algumas variedades de feijão, principalmente o feijão-preto e o carioca.
  • Regiões: é plantado de abril a outubro, ocupando cerca de 10% da extensão total e contribuindo com 20% da produção do país.

Principais regiões produtoras de feijão no país

As principais regiões produtoras do feijão-comum são o Sudeste, Sul e Centro-Oeste, com destaque para os estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo, que juntos representam cerca de 71% da produção nacional, conforme uma estatística do Embrapa em 2023.

Gráfico que apresenta os maiores produtores de feijão no Brasil.
Figura 1: Contribuição dos estados líderes na produção de feijões no Brasil (média 2019-2021). Fonte: Adaptado de Embrapa.

Quais são os desafios enfrentados pelos produtores no manejo do feijão?

No manejo da cultura do feijão, os produtores enfrentam uma série de desafios, incluindo a gestão eficaz dos recursos hídricos, especialmente em regiões suscetíveis a períodos de seca ou excesso de chuvas, ou com grandes oscilações climáticas.

Outro aspecto importante é o manejo da saúde do solo, que deve ter nutrientes disponíveis e boa estrutura para suportar o desenvolvimento saudável das plantas, afinal o feijão é classificado como cultura de alta exigência.

Os produtores também devem estar atentos a incidência de pragas e doenças. Essas representam um dos maiores desafios no manejo do feijão, afetando significativamente a produção. Na sequência, abordaremos as principais.

Pragas e doenças mais comuns que afetam o cultivo

Conforme  Embrapa, os danos causados por pragas no manejo da cultura do feijão podem ocorrer em todas as fases, desde a semeadura até o armazenamento dos grãos.

As pragas mais prejudiciais incluem lagarta-rosca, vaquinhas, cigarrinha-verde, mosca-branca, percevejo, ácaro branco, e pragas de grãos armazenados como carunchos. Existem também as pragas secundárias, que se tornam problemáticos sob condições favoráveis.

Medidas preventivas e de controle mais eficazes contra pragas e doenças do feijão

De acordo com um Boletim Técnico 197 de Epagri, antes mesmo de plantar, medidas preventivas como o tratamento de sementes com inseticidas ajudam a evitar problemas com pragas comuns de início de ciclo como lagartas e vaquinhas.

Durante o ciclo da cultura, caso o ataque de pragas como as lagartas e moscas-brancas, cheguem a um ponto crítico, é recomendado a aplicação de inseticidas, seguindo a recomendação de um profissional da área.

A preferência deve ser dada a produtos que não prejudiquem os inimigos naturais das pragas, mantendo o equilíbrio do ecossistema. Este manejo integrado, que inclui desde a escolha de sementes até o uso criterioso de inseticidas, é a melhor forma de garantir uma produção sustentável.

Como gerenciar os fertilizantes e nutrientes nas plantações de feijão?

É essencial realizar análises de solo para determinar as necessidades nutricionais específicas da cultura. Essa avaliação permite a aplicação precisa de adubação, assegurando o fornecimento adequado de macro e micronutrientes.

Implementar práticas como a aplicação de fertilizantes em etapas críticas do desenvolvimento e adotar técnicas sustentáveis, incluindo rotação de culturas e adubação verde, também é fundamental para manter a saúde do solo e melhorar a absorção de nutrientes.

Quais os nutrientes necessários para o cultivo de feijão?

Para um desenvolvimento saudável, o feijão precisa de 13 nutrientes essenciais, divididos em macronutrientes:

  • Nitrogênio;
  • Fósforo;
  • Potássio;
  • Cálcio;
  • Magnésio;
  • Enxofre.

E micronutrientes:

  • Boro;
  • Cobre;
  • Ferro;
  • Manganês;
  • Molibdênio;
  • Níquel;
  • Zinco.

Para cada tipo de feijão uma nutrição especializada

A diversidade de tipos de feijão cultivados no Brasil, reflete a riqueza agrícola do país. Mas o sucesso no cultivo depende de um manejo cuidadoso, que abrange desde a escolha de sementes até práticas sustentáveis de cultivo, passando pela gestão eficaz de nutrientes e o controle integrado de pragas e doenças.

Produtores em busca de eficiência e produtividade, devido a grande importância econômica do feijão devem explorar as  Linhas de produtos — Nutrição de Safras, desenvolvidos para garantir o fornecimento dos nutrientes essenciais no momento certo, promovendo um crescimento saudável e uma produção abundante.

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