Para quem deseja iniciar uma lavoura de soja em sua propriedade, é fundamental conhecer as práticas e técnicas que garantem uma produção sustentável e de alta produtividade.
Neste guia, apresentamos dicas essenciais para a lavoura de soja. Com essas orientações, você estará preparado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que a lavoura de soja oferece. Boa leitura!
O que preciso saber para plantar soja?
Para instalar uma lavoura de soja produtiva e sustentável, é necessário um bom planejamento. Além disso, é necessária a adoção de práticas conservacionistas, rotação de culturas, acúmulo de palha no sistema, correções de solo, como calagem, gessagem e suplementação de nutrientes que estão em baixas concentrações. Dessa forma, aliando todas as boas práticas ao clima, pode-se tomar um passo importante para obter ótimos resultados, que é a escolha da variedade.
A soja é cultivada em uma vasta área territorial, em cerca de 46 milhões de hectares no Brasil, e hoje há alta disponibilidade de materiais genéticos altamente adaptados e produtivos para as diversas regiões.
Portanto, a escolha assertiva da cultivar utilizada se dá em função da qualidade do solo, potencial produtivo esperado e condições climáticas da área onde será instalada a lavoura de soja. Ademais, a utilização de sementes de maior qualidade fisiológica (alta germinação e vigor) contribui para lavouras de soja mais produtivas.
Qual o melhor lugar para plantar soja?
O melhor lugar para plantar soja é em solos férteis, com alta disponibilidade de nutrientes para as plantas, bem drenados e com bons teores de matéria orgânica. Em outras palavras, solos equilibrados do ponto de vista físico, químico e biológico. Além disso, é importante ter condições climáticas favoráveis para a cultura da soja, com temperaturas e distribuição das chuvas de forma regular.
Cuidados durante o plantio da lavoura de soja
Durante o plantio, é importante respeitar o posicionamento técnico do material genético quanto a espaçamento e quantidade de plantas por metro linear, de modo que se tenha o melhor arranjo espacial possível. Recomenda-se um espaçamento entre 40 cm e 50 cm entre linhas e uma população de 10 a 16 plantas por metro linear. Dessa forma, esses cuidados visam o aproveitamento máximo de luz, água e nutrientes.
Além disso, no momento do plantio, a utilização de tecnologia nas semeadoras e a adequação da velocidade de plantio favorecem a distribuição uniforme de sementes (quantidade e profundidade), bem como uma distribuição uniforme do fertilizante no sulco de plantio.
5 passos para a lavoura de soja produzir mais
Para alcançar uma produção de soja mais eficiente e produtiva, é essencial seguir algumas práticas recomendadas. Abaixo, apresentamos cinco passos fundamentais que podem ajudar a maximizar a produtividade da sua lavoura de soja:
- Adoção de cultivar adaptado ao solo e clima da região com alto potencial produtivo: escolher uma cultivar que seja bem adaptada às condições específicas de solo e clima da sua região é crucial. Isso garante que a planta tenha o melhor desempenho possível, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis;
- Solos equilibrados, férteis, bem drenados e com bom manejo conservacionista: manter o solo em boas condições é fundamental para o desenvolvimento saudável das plantas. Solos equilibrados do ponto de vista físico, químico e biológico, além de bem drenados e férteis, proporcionam um ambiente ideal para o crescimento da lavoura soja;
- Assertividade na distribuição uniforme de sementes: a distribuição correta das sementes e dos fertilizantes é essencial para garantir uma emergência uniforme das plantas e um melhor aproveitamento dos nutrientes. Utilizar tecnologias que favoreçam essa uniformidade pode fazer uma grande diferença na produtividade;
- Adoção de tecnologias em fertilizantes: utilizar fertilizantes de alta tecnologia que forneçam os nutrientes necessários na quantidade certa e no momento adequado é vital para atender às demandas da planta e alcançar o potencial produtivo esperado;
- Controle assertivo de pragas e doenças: monitorar e controlar pragas e doenças de forma eficaz é essencial para evitar perdas na produção. A adoção de práticas de manejo integrado de pragas (MIP) são estratégias importantes para manter a lavoura de soja saudável.
Como evitar as perdas na lavoura de soja?
O controle assertivo de plantas daninhas, pragas e doenças busca a manutenção do potencial produtivo da lavoura de soja. Assim, algumas pragas comuns incluem a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e a mosca-branca (Bemisia spp.).
Além disso, doenças como a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), oídio (Erysiphe diffusa) e a mancha-alvo (Corynespora cassiicola) são frequentes e podem causar grandes prejuízos.
Então, respeitar o momento ideal da colheita (maturação fisiológica) da cultura também evita perdas em produtividade. Em casos específicos, onde há a necessidade de dessecação da área para a colheita, é importante fazer este manejo no estádio ideal para que não haja perdas.
Ademais, em locais de alta disponibilidade de água e condições climáticas desfavoráveis (alta temperatura e chuvas irregulares), a utilização de irrigação pode minimizar as perdas em produtividade.
Qual é o melhor fertilizante para a lavoura de soja?
Usualmente, as formulações mais utilizadas para o plantio de soja estão focadas em fósforo e potássio.
A grande demanda de nitrogênio pela lavoura de soja é suprida via fixação biológica de nitrogênio por bactérias (Bradyrhizobium), por isso a importância da utilização de produtos de qualidade no momento da inoculação. Além disso, a suplementação inicial de nitrogênio, em teores adequados, favorece um melhor arranque da cultura e estímulo do sistema radicular.
Além disso, é imprescindível atenção para o fornecimento de enxofre durante todo o ciclo da cultura, pois sabe-se que plantas bem nutridas com enxofre melhoram a eficiência de uso do nitrogênio (formação de proteínas).
Nesse sentido, a utilização de tecnologias para fornecimento durante todo o ciclo da cultura da soja faz toda a diferença. Até o estádio de R2 (florescimento pleno), a cultura acumula cerca de 20 a 30% de toda a quantidade necessária do nutriente, e o restante até o estádio de R8.
Devido à sua alta mobilidade no solo, o sulfato (forma absorvível de enxofre pela planta) pode ser perdido facilmente por lixiviação, principalmente em solos de textura mais leve e com alta precipitação no início do ciclo, diminuindo assim a disponibilidade ao longo do ciclo para a cultura.
Com a utilização de MicroEssentials, da Mosaic, que possui duas formas de enxofre, de liberação imediata e gradativa, contribui para uma melhor nutrição da planta, favorecendo o pleno desenvolvimento e maior peso de grãos.
Além disso, outro nutriente que faz toda a diferença é o boro. Por mais que a demanda de boro durante o ciclo da cultura seja pequena, ele contribui significativamente para plantas com desenvolvimento radicular superior, construção do potencial produtivo, melhor pegamento das flores e maior enchimento dos grãos. A dinâmica deste nutriente no solo é semelhante ao enxofre, podendo ser perdido facilmente por lixiviação, e sua redistribuição na planta é muito baixa.
Assim, o acúmulo do nutriente durante o ciclo é crescente, acentuando-se a partir do florescimento. Novamente, a adoção de tecnologia no fornecimento deste nutriente é de extrema viabilidade, pois impacta diretamente na produtividade.
Com Aspire, fonte de potássio com duas formas de boro, de liberação imediata e gradativa, tem-se o manejo deste nutriente em uma única aplicação ao solo, disponibilizado durante o ciclo da cultura, favorecendo plantas com sistema radicular mais desenvolvido, com melhor potencial produtivo e maior enchimento de grãos.