Certamente, o sistema soja-milho é um dos mais importantes da agricultura brasileira. Neste artigo falaremos mais sobre relevância dele no país e sobre como realizar o controle de pragas neste contexto. Continue a leitura!
Sucessão de culturas X rotação de culturas: entenda as principais diferenças
Antes de falar sobre o controle de pragas e doenças dentro do sistema soja-milho, vamos esclarecer uma questão fundamental.
Uma falta de entendimento comum acontece na hora de compreender e diferenciar os conceitos de rotação e sucessão de culturas. Na rotação de culturas, três ou mais espécies vegetais (como soja, milho e trigo, por exemplo) têm plantio alternado no mesmo espaço e no tempo de várias safras.
Por outro lado, na sucessão de culturas, são cultivadas somente uma ou duas espécies vegetais (soja e milho, por exemplo) em sequência, dentro de uma mesma área agrícola, repetindo este ciclo ao longo dos anos.
Na prática, a escolha da sucessão de culturas no sistema soja-milho pode ser uma opção viável em algumas situações, afinal, ao escolher duas culturas rentáveis em sucessão, o produtor foca prioritariamente na rentabilidade do manejo. Porém, neste cenário o potencial de diversificação de culturas e melhora da qualidade do solo é pouco explorado.
Assim, é fundamental que o produtor entenda a diferença entre rotação e sucessão de culturas, para que possa realizar a melhor escolha para a sua propriedade.
Por que o sistema soja-milho é tão importante no Brasil?
Tanto a soja quanto o milho são matérias-primas muito comuns e presentes na alimentação humana e animal. Seu cultivo é importante para o produtor e para a economia brasileira, especialmente em sistemas como o de plantio direto, que também beneficiam o solo.
Um dos principais benefícios de aderir ao sistema soja-milho em plantio direto (uma das práticas mais efetivas quando falamos de sustentabilidade), é a melhoria da fertilidade do solo.
Isto ocorre porque a soja, sendo uma leguminosa, fixa bem o nitrogênio no solo quando associada a bactérias do gênero Rhizobium. Uma vez que o nitrogênio deixado no solo após a colheita da soja é essencial para o crescimento das plantas, o milho que vem na sequência também é beneficiado.
No entanto, a escolha de plantar apenas duas culturas pode prejudicar o solo. Por isso, a dica é sempre ficar de olho no tipo de manejo realizado e na maneira como o seu solo vem respondendo a ele.
Desafios no controle de pragas do sistema soja-milho
Apesar de alguns dos benefícios citados, o sistema soja-milho é vulnerável a doenças e pragas, enfrentando desafios significativos em seu controle. Lagarta-do-cartucho, percevejo barriga-verde e percevejo-marrom são pragas que coexistem e atacam igualmente as duas culturas, causando grandes prejuízos se não forem monitoradas e controladas adequadamente.
Essas pragas podem reduzir a produtividade das culturas de maneiras diferentes, a depender do momento em que aparecem:
- Pragas de começo de ciclo: atacam as sementes, plântulas, impedindo que a planta se desenvolva causando perda de estande e resultando em perda de produtividade;
- Pragas de meio de ciclo: costumam atacar as folhas, raízes e caules. Ou seja, as estruturas prejudicadas são justamente aquelas essenciais para o desenvolvimento da planta;
- Pragas de final de ciclo: por sua vez, impactam diretamente a planta ao atacarem sua parte produtiva, a parte de maior interesse econômico, como vagens e espigas.
Além disso, o aparecimento de pragas também aumenta os custos de produção, fazendo do manejo integrado de pragas uma prática essencial para os agricultores pois, além de diminuir a incidência de pragas, também contribui para a sustentabilidade dos cultivos.
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Estratégias para o controle de pragas e doenças
Como mencionado anteriormente, o controle de pragas e doenças requer, antes de tudo, muita observação e cuidado por parte do produtor, principalmente em um sistema de sucessão de culturas como soja e milho.
Assim, importante salientar que o sistema soja-milho deve ser cultivado a partir de sementes mais resistentes e mantido através de inspeções regulares e armadilhas, que ajudam a identificar precocemente a presença de pragas e permitem ações imediatas para controlar sua disseminação.
Além disso, a adubação adequada é crucial para o desenvolvimento saudável das plantas. Assim, utilizar fertilizantes de alta performance, como o MicroEssentials, da Mosaic, que combina no mesmo grânulo nitrogênio, fósforo e duas formas de enxofre, favorece o recebimento dos nutrientes necessários para torná-las mais resistentes. Afinal, a aplicação correta do produto libera nutrientes conforme a demanda, proporcionando disponibilidade em todo o ciclo e máxima produtividade na colheita.