A agricultura moderna busca, cada vez mais, alternativas sustentáveis para aumentar a produtividade das culturas. Nesse contexto, o uso de microrganismos benéficos tem se destacado. Um exemplo é o Azospirillum brasilense, uma bactéria que promove o crescimento de plantas e contribui para uma agricultura mais eficiente e ecologicamente correta.
Neste artigo, vamos explorar o que é o Azospirillum brasilense, seus benefícios para as plantas e como ele atua no solo. Abordaremos também as diferenças entre essa bactéria e o Bradyrhizobium, outro microrganismo importante para a agricultura, e como eles podem atuar em conjunto.
O que é Azospirillum brasilense?
Azospirillum brasilense é uma bactéria de vida livre encontrada no solo, principalmente na rizosfera, região próxima às raízes das plantas. Essa bactéria tem a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico, tornando-o disponível para as plantas.
O Azospirillum brasilense é um microrganismo promotor do crescimento de plantas (MPCP). Isso significa que, além de fixar nitrogênio, ele produz substâncias que estimulam o desenvolvimento vegetal.
Duas cepas de Azospirillum brasilense se destacam:
- ABV5: Mais eficiente na fixação biológica de nitrogênio, fornecendo mais nitrogênio para as culturas.
- ABV6: Mais eficiente na promoção hormonal, garantindo o desenvolvimento das raízes das plantas.
Para que serve o Azospirillum brasilense?
O Azospirillum brasilense tem diversas aplicações na agricultura. Ele é utilizado principalmente como inoculante em culturas de gramíneas, como milho, trigo, arroz e cana-de-açúcar e para cultura da soja.
A principal função do Azospirillum brasilense é promover o crescimento das plantas. Ele faz isso através da fixação biológica de nitrogênio (FBN) e da produção de fitormônios.
A FBN realizada pelo Azospirillum brasilense contribui para o fornecimento de nitrogênio para as culturas, elemento essencial para o crescimento e desenvolvimento das plantas.
Assim, na cultura da soja, o Azospirillum brasilense pode ser utilizado em conjunto com o Bradyrhizobium em um processo chamado co-inoculação. Isso potencializa os benefícios para a planta, promovendo um crescimento ainda maior das raízes garantindo a maior eficiência da nodulação.
Como funciona o Azospirillum?
O Azospirillum brasilense coloniza as raízes das plantas e se estabelece na rizosfera. Ele fixa o nitrogênio atmosférico e o converte em amônia, uma forma que pode ser absorvida pelas plantas.
Além da FBN, o Azospirillum brasilense produz substâncias que estimulam o crescimento vegetal, como auxinas, giberelinas e citocininas. Desta forma, os fitormônios atuam no desenvolvimento das raízes, aumentando a absorção de água e nutrientes.
Qual a diferença entre Azospirillum e Bradyrhizobium?
Tanto o Azospirillum quanto o Bradyrhizobium são bactérias fixadoras de nitrogênio. No entanto, existem diferenças importantes entre elas.
- Azospirillum: agem na rizosfera ou de forma endofítica nas raízes das plantas, porém não formam nódulos. É uma bactéria que pode promover o crescimento de plantas (BPCP), que sintetiza fitormônios que promovem o crescimento vegetal, principalmente do sistema radicular com isso aumentando a produção de pelos radiculares, o que beneficia a absorção de água e nutrientes
- Bradyrhizobium: É uma bactéria capaz de fixar nitrogênio atmosférico e torná-lo disponível para suprir as necessidades da planta. Formam nódulos juntos as raízes de plantas leguminosas otimizando o nitrogênio atmosférico.
Embora atuem de maneiras diferentes, o Azospirillum brasilense e o Bradyrhizobium podem ser utilizados em conjunto na cultura da soja, potencializando a fixação de nitrogênio e o crescimento da planta.
Como o Azospirillum age na planta?
O Azospirillum brasilense age na planta de diversas maneiras. Ele fixa o nitrogênio atmosférico, tornando-o disponível para a planta. Isso contribui para o crescimento e desenvolvimento vegetal.
Além de agirem na rizosfera ou de forma endofítica nas raízes das plantas, sendo uma bactéria que pode promover o crescimento de plantas (BPCP), que sintetiza fitormônios que promovem o crescimento vegetal, principalmente do sistema radicular com isso aumentando a produção de pelos radiculares, o que beneficia a absorção de água e nutrientes por meio da síntese de vários fitormônios que aumentam a tolerância a estresses abióticos, como salinidade ou seca, por meio do acúmulo de osmólitos em células vegetais e estresses bióticos. As cepas ABV5 e ABV6 apresentam mecanismos de ação específicos:
- ABV5: Fornece mais nitrogênio para a planta através da fixação biológica mais eficiente;
- ABV6: Estimula o desenvolvimento das raízes através da produção de fitormônios.
Recomendações da Mosaic
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MBio Azo, da Mosaic Biosciences, é um inoculante de alta qualidade contendo Azospirillum brasilense (cepas Abv-5 e Abv-6), que garante os benefícios comprovados desse microrganismo essencial para o desenvolvimento das plantas.
Sua formulação inovadora permite o armazenamento em temperatura ambiente, sem necessidade de refrigeração, e garante uma excelente concentração de unidades formadoras de colônia (UFC) além de uma validade de 9 meses, oferecendo praticidade e segurança para o agricultor.
Por outro lado, MBio Phos é um inoculante inovador que combina Azospirillum brasilense (cepas Abv-5 e Abv-6) e Pseudomonas fluorescens para promover o crescimento saudável das plantas e melhor aproveitamento dos nutrientes no solo.
Além dos benefícios já conhecidos do MBio Azo, sua formulação exclusiva otimiza a solubilização do fósforo retido nas frações mineral e orgânica do solo, tornando esse nutriente essencial mais disponível para as plantas.