No Brasil, existem 20 milhões de hectares de plantação de milho em todo o território, com uma produção de mais de 110 milhões de toneladas anualmente e produtividade média de 5553 kg/ha (CONAB, 2024). Assim, tais resultados conferem ao país o título de um dos maiores produtores e exportadores de milho mundialmente.
Sabemos que alcançar esses números não é uma tarefa fácil. Por isso, a seguir disponibilizamos informações que podem te ajudar a entender melhor sobre a cultura do milho e seu manejo adequado, para assim obter maior eficiência e melhores produtividades.
Como é o manejo da plantação de milho?
A plantação de milho adapta-se a diferentes sistemas de produção, podendo ser cultivada em sistema de plantio direto, em áreas de rotação de culturas, plantio convencional ou até mesmo em ILPF (Integração lavoura-pecuária-floresta).
Dessa forma, o manejo vai depender de acordo com o sistema escolhido e do objetivo do cultivo (se será para produção de grãos, silagem ou comercialização da espiga). Tais aspectos seguirão influenciando nas principais tomadas de decisão como:
- Preparo do solo;
- Escolha do hibrido (tipo de semente e genética);
- Adubação;
- Manejo de pragas e doenças;
- Período e forma de colheita.
Como deve ser feito o plantio de milho?
O plantio é limitado pelas condições climáticas, chuva e temperatura, devendo ser realizado dentro do período que permita que esta cultura se desenvolva nas melhores condições possíveis na região.

Fonte: Oliveira et. al. (2021)
Além disso, também são necessários alguns cuidados, como o espaçamento entre linhas, que deve ser entre 0,45 e 0,50 m; a profundidade da semente, que deve ser em torno de 5 cm para que a semente possa emergir e, ao mesmo tempo, não fique descoberta; a profundidade do adubo, pois o mesmo deve ficar localizado mais profundo que a semente e, de preferência, lateralmente para que não ocorra queima nas raízes que estão se formando; e, é claro, a densidade de plantio ou população, que vai depender também do híbrido escolhido e da recomendação para o mesmo.
Adicionalmente, o plantio pode ser realizado tanto manualmente, com o auxílio de uma matraca manual, no caso de pequenas áreas, como também por meio de plantadeiras automatizadas para plantios em larga escala.
Como cuidar da plantação de milho?
Para que se possa obter bons resultados na plantação de milho, são necessários alguns cuidados ao longo de todo o ciclo da cultura. Primeiramente, antes mesmo do plantio, o primeiro passo é o tratamento de sementes, onde deve-se realizar a aplicação de produtos químicos e biológicos nas sementes com o objetivo de protegê-las contra pragas e doenças que podem afetar a germinação e auxiliar no estabelecimento e desenvolvimento das plantas.
Além disso, vale lembrar que é nesse momento que se deve realizar a inoculação da semente com Azospirillum, pois seu uso traz como benefícios o aumento no crescimento, absorção de nutrientes e produtividade de grãos, visto que esta bactéria se associa à raiz do milho e produz diferentes hormônios que estimulam o crescimento das plantas e colaboram na fixação biológica do nitrogênio.
Posteriormente, com a plantação de milho já estabelecida, se faz necessário o início dos tratos culturais com o manejo de plantas daninhas que competem com a cultura por recursos como água, luz e nutrientes, bem como o controle de pragas e doenças por meio do uso de defensivos químicos e biológicos, visando mitigar danos que possam vir a afetar a produtividade da lavoura.
Por fim, pensando em produtividade, o manejo nutricional da plantação de milho também é parte essencial para o bom desenvolvimento da cultura, envolvendo a escolha de fontes e a aplicação de nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e micronutrientes.
Qual adubo usar no plantio de milho?
A escolha do adubo a ser utilizado depende da necessidade da cultura e dos nutrientes que a fonte nutricional irá fornecer. Assim, com base no nosso artigo que apresenta a tabela de extração e exportação dos nutrientes na cultura do milho, podemos identificar o quais os nutrientes mais demandados e quais as dosagens devemos utilizar de acordo com a fonte escolhida.
Os nutrientes mais exigidos na plantação do milho são nitrogênio (N), potássio(K), fósforo(P), enxofre(S), boro (B), podemos utilizar as soluções Mosaic para atender as demandas da cultura e obter boas produtividades.
Então, MicroEssentials oferece N, P e S e Aspire fornece K e B, utilizando esses dois produtos ou até mesmo uma combinação deles, como Performa Plus, conseguimos suprir as necessidades nutricionais. Além disso, sabendo que o níveis exigidos de nitrogênio pela cultura são extremamente altos, Excellen é a solução ideal para fornecer com eficiência esse nutriente.
Quantas vezes é preciso adubar o milho?
O milho possui fases críticas de definição durante o seu ciclo, sendo a extração de nutrientes maior no estádio V4 até o pendoamento. Portanto, é necessário adubar antes desse estádio, pois a altura e a densidade de plantas podem dificultar a entrada de equipamentos convencionais na lavoura após esses períodos.
Além disso, a quantidade de nutrientes extraídos depende do crescimento da cultura, podendo também haver diferenças no uso de nutrientes dependendo do híbrido utilizado. Assim, o planejamento da adubação deve ser feito antes mesmo do plantio.
De maneira geral, a adubação da plantação de milho pode ser dividida em duas ou mais vezes, dependendo da fonte escolhida e também da área, se é mais arenosa ou argilosa, por exemplo. No entanto, o manejo padrão a ser seguido é: adubação de base, realizada no momento do plantio com um fertilizante fosfatado, e adubação de cobertura, realizada de maneira única ou parcelada com fontes que contenham preferencialmente N e K, como os formulados 30-00-20, 20-00-20 e variações dos mesmos. Mas, sempre é válido consultar um agrônomo e definir o manejo mais adequado para sua lavoura.