Boro nas plantas: uso e aplicações 

10 nov, 2022
Redação Nutrição de Safras
- Tempo de Leitura: 4 minutos
Boro nas plantas

O boro nas plantas é um micronutriente de importância macro essencial para o desenvolvimento vegetal, sendo imóvel no floema e de grande mobilidade no solo. É encontrado nas formas de ácido bórico e, em condições de pH elevado, como borato.  

Em condições de solos tropicais e arenosos, apresenta grande propensão a lixiviação, enquanto que em solos argilosos, apresenta fixação e maior disponibilidade. Sua absorção via solo é preferencialmente por fluxo de massa, com baixa redistribuição na planta. Por isso, os sintomas de deficiência aparecem em tecidos jovens e nas raízes. 

Cultivos como soja e milho são responsivos e exigentes quando falamos de tal nutriente. As dicotiledôneas são sempre mais exigentes e demandam uso de forma mais racional. 

Nos climas tropicais (Brasil) é notória a lixiviação demasiada do boro, por conta dos tipos de solos que temos aqui e ainda pelo regime chuvoso sazonal. Devido a esses dois fatores, anualmente se faz adubações desse nutriente quando falamos de áreas de alta intensidade de uso. 

Leia nosso artigo e entenda mais sobre o boro nas plantas, assim como suas formas de aplicação.

Funções do boro  

As principais funções do boro nas plantas são: 

  • Translocação de fotoassimilados; 
  • Absorção e transporte de água e nutrientes; 
  • Florescimento; 
  • Formação do tubo polínico e germinação do grão de polem (órgãos reprodutores); 
  • Formação de raízes; 
  • Formação de parede celular; 
  • Integridade da membrana plasmática; 
  • Formação de tecidos novos da planta; 
  • Melhora a qualidade dos produtos (frutos/grãos). 

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Figura 1 – Marcha de absorção de boro pela cultura da soja.

Sintomas de deficiência de boro nas plantas 

Como dito anteriormente, os solos brasileiros possuem alta deficiência de boro. Nestes casos, plantas que apresentam deficiência deste micronutriente podem apresentar os seguintes sintomas: 

  • Crescimento reduzido e zonas de crescimento prejudicadas; 
  • Deformação de folhas novas e ponteiros (região meristemática); 
  • Acúmulo de açucares e carboidratos na parte aérea; 
  • Raízes menores e mal desenvolvidas; 
  • Queda excessiva de flores; 
  • Má formação de frutos e rachaduras em ramos; 
  • Baixa resistência ao ataque de pragas e doenças. 

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Figura 2 – Demanda de boro pelas culturas agrícolas.

Principais formas de aplicação de boro 

Foliar 

A adubação foliar, ou também conhecida como “pulverização foliar”, é tida como um ajuste na nutrição e até mesmo como complemento de adubação. É importante salientar que nessa modalidade de aplicação deve-se atentar para a imobilidade do boro nas plantas, assim como as doses e a base química a ser aplicada. Problemas como incompatibilidade e até mesmo problemas com as aplicações são comumente relatadas. As fontes mais usadas variam de acordo com o fabricante e com a tecnologia empregada, como por exemplo, o ácido bórico e o boro etalonamina, que são fontes altamente solúveis. 

Produtos solúveis em água são, de forma geral, sais puros e de maior concentração, e, quando aplicados no solo, liberam rapidamente o boro na solução. Na folha o nutriente sempre age localmente, devido a imobilidade no floema e baixíssima translocação na planta. 

Quando falamos de momento de aplicação destacamos os principais momentos metabólicos das plantas e em que nível a planta necessita de tal nutriente. Considerando a cultura da soja, o ideal seria fazer de 3 a 4 intervenções nas fases iniciais, vegetativa, reprodutiva e de enchimento.  

No momento da dessecação 

Por muito tempo as fontes mais utilizadas, quando se fala em aplicação de boro em áreas de grãos, foram o ácido bórico e o octaborato. Ambas são fontes com alta solubilidade e com liberação muito rápida de boro no sistema.  

Ainda podemos citar que a má qualidade dos sais usados e a reação alcalina do octaborato em caldo, atrapalha a performance do glifosato, o que leva a uma elevação do pH da mistura e, por consequência, diminuição da performance do dessecante. 

Pesquisas indicam que essas fontes apresentam facilidade para se lixiviar no solo, assim como podem provocar sintomas de toxidez nas plantas. O uso na dessecação leva a uma disponibilidade de boro para as plantas em um curto espaço de tempo, onde grande parte disso será lixiviada via água da chuva, restando assim, uma pequena parte para a planta absorver. 

Boro sólido – misturado no fertilizante sólido ou não 

Outra modalidade muito usada para se aplicar boro ao solo é misturando-se fontes de boro sólidas e de baixa solubilidade, como as ulexitas e as colemanitas, que dependem de tempo e contato com o solo para liberar o boro para a solução.  

Essas fontes são granuladas e apresentam em torno de 6-10% de boro. Para a aplicação, são adicionadas aos adubos de plantio. Nessa modalidade de aplicação acontece a chamada “segregação”. A segregação de nutrientes corresponde a separação dos grânulos das diferentes matérias-primas que vão compor o fertilizante formulado e, durante o transporte, levam ao desbalanceamento da fórmula dentro da embalagem, gerando assim, diferenças na aplicação. 

Pode ocorrer ainda uma má distribuição, sendo que os grânulos que possuem boro não são distribuídos de forma homogênea na área, sendo uma distribuição espacial muito desigual e pequena. 

Boro no fertilizante potássico – última geração do boro nas plantas  

Diante da grande importância do boro para o desenvolvimento das culturas, a Mosaic Fertilizantes possui o Aspire, que é uma fonte de potássio com duas fontes de boro, sendo uma fonte mais solúvel e uma fonte com liberação mais gradativa do elemento. Dessa forma, há um fornecimento gradual e contínuo do nutriente boro para as plantas.

Além disso, o Aspire também: 

  • Melhora o rendimento operacional, pois não há aumento de aplicações e segregação do nutriente; 
  • Resolve o problema de incompatibilidade de fontes e também de misturas de tanques e produtos, trazendo para o produtor mais segurança de aplicação e efetividade da mesma; 
  • Aumenta o nível nutricional da lavoura; 
  • Aumenta o enraizamento e, por consequência, melhora o estabelecimento dos cultivos, trazendo maior produtividade;
  • Soma-se a isso um maior índice de pegamento floral, florescendo mais flores e vagens por planta;
  • Melhora o enchimento de grãos e o processo de formação de frutos, tornando-se os frutos e vargens mais cheios e mais bem formados. 

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