A cultura do café foi introduzida no Brasil em 1727 no Estado Pará através de sementes e mudas oriundas da Guiana Francesa. No ano de 1774, o cafeeiro chegou ao Estado do Rio de Janeiro e se expandiu por toda a região.
A partir de 1825, os Estados de Minas Gerais e São Paulo também contavam com a presença da cultura.
Hoje o Brasil não é só o maior produtor mundial de café, responsável por um terço da produção mundial, como também lidera a posição de maior exportador do grão.
O forte avanço da cultura no país é resultado de inúmeras pesquisas e inovações, mas principalmente, de como manejar corretamente a nutrição do cafeeiro.
Vamos abordar passo a passo como o manejo nutricional equilibrado do cafeeiro não somente proporciona maiores ganhos de produtividade, como também é fundamental para garantir grãos especiais e boa qualidade de bebida.
Pegue o seu café e nos acompanhe nessa leitura!
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Importância da adubação na cultura do café
Enfatizando a importância da cultura do café no Brasil, ocupar posições relevantes na escala de produção mundial do grão e que cada vez mais consumidores buscam por cafés especiais (maior conhecimento dos atributos sensoriais e parâmetros de qualidade de bebida), faz com que as expectativas no aumento de produtividade e qualidade final de produto estejam sempre aumentando. Assim, uma atenção maior no campo por parte do produtor também é requerida.
A maioria dos campos cultivados na cafeicultura estão estabelecidos em áreas que possuem baixo incremento nutricional, seja ele por características naturais do solo ou por manejos inadequados de cultivos anteriores.
Um levantamento feito em 2015 na região do Sul de Minas verificou que do total das amostras de solo analisadas, 77% estavam em faixas de pH de solo consideradas baixas e/ou muito baixas, necessitando de correção.
O mesmo levantamento foi avaliado em relação aos teores de cálcio e magnésio presentes no solo.
Os resultados demonstraram que ambos os nutrientes também se encontravam em níveis inadequados, destacando o magnésio, no qual 96% das amostras de solo apresentaram deficiência para esse nutriente.
Para uma adubação ser considerada eficiente, todos os nutrientes precisam ser aportados de forma equilibrada, sem excessos ou faltas e em quantidades adequadas. Mas uma dúvida que poderá surgir: e como saber o quanto adubar a cultura do café?
Três pontos são muito importantes para responder esse questionamento: primeiro, é preciso ter em mente qual a expectativa de produtividade da lavoura. Em segundo, o que o meu solo já ofertará para esse plantio e por último, qual a complementação necessária para suprir as exigências nutricionais da cultura. Veja a ilustração abaixo:
Amostragem de solo
Entendendo a amostragem
A amostragem de solo para análise química é o primeiro passo para realizarmos um manejo de adubação eficiente.
É através desse método que o produtor irá verificar como está a fertilidade do solo e suprir a quantidade necessária de nutrientes para que sua lavoura atinja o seu máximo produtivo.
Mas para que esse método quantitativo represente índices nutricionais reais do solo, alguns critérios técnicos são fundamentais para melhor quantificar e interpretar os dados do solo amostrado. Vejamos a seguir:
- Amostras de solos da lavoura devem ser retiradas antes do manejo de arruação respeitando o prazo de no mínimo 60 dias da última adubação. Esse processo deve ser repetido ano a ano.
- A área onde serão retiradas as amostras não devem exceder 10 hectares
- O local ideal para recolhimento das amostras, são os solos abaixo da copa, mesmo local onde as adubações são realizadas.
- Deve-se coletar um total no mínimo 20 amostras dentro da camada de 0 a 20 cm de cada, percorrendo em zigue-zague para ser representativo.
Acúmulo e exigência de nutrientes
Conhecer o acúmulo de nutrientes ao longo do ciclo de crescimento da planta é fundamental para nortear o melhor manejo de adubação, as dosagens, tempos de aplicações de fertilizantes, visando obter máximas produtividades e qualidade de grãos.
O cafeeiro após implantado possui um crescimento inicial lento, com uma baixa demanda de nutrientes até a primeira florada (que acontece por volta de 24 a 30 meses após o café implantado).
A partir do início do período produtivo, os frutos se tornam drenos preferenciais e o manejo de adubação do café deve ser planejado para atender a demanda dos frutos somados ao crescimento vegetativo.
Nessa fase há uma elevada exigência nutricional podendo ser três vezes ou mais em comparação à fase inicial. O nitrogênio e o potássio são os nutrientes mais exigidos pela cultura, seguidos dos demais nutrientes como mostra o esquema abaixo (em ordem decrescente de exigência nutricional).
A maior taxa de acúmulo de matéria seca e macronutrientes pela cultura ocorre no estádio de expansão rápida dos frutos, sendo este então, o momento de maior exigência nutricional da cultura, seguida da fase de granação e maturação (fase adulta do cafeeiro).
Para cada saca de café produzida, são necessários em média 6,2 kg de nitrogênio, 0,6 kg de fósforo (P2O5), 5,9 kg de potássio (K2O), 3,0 kg de cálcio (CaO), 1,9 kg de magnésio (MgO), 0,3 kg de enxofre (S), 110 g de ferro (Fe), 10 g de manganês (Mn) 10 g de zinco (Zn), 8,8 g de cobre (Cu) e 6,5 g de boro (B).
Equilíbrios nutricionais necessários
O manejo de adubação do café e calagem devem suprir quantidades suficientes dos nutrientes, porém, não podemos esquecer do equilíbrio entre eles. Esse balanço nutricional garante melhor aproveitamento dos nutrientes.
O excesso de um nutriente é prejudicial tanto pelo maior gasto como também pelos desequilíbrios e antagonismos gerados. Altos níveis de calcário podem acarretar o desbalanço de micronutrientes.
Maiores teores de nitrogênio comprometem a disponibilidade de Boro, Cobre, Zinco e Fe, tornando a planta mais suscetível a Phoma e Pseudomonas. Níveis elevados de Fósforo acarretam deficiência de Zinco e Cobre.
Manejo de adubação do café para o uso eficiente dos fertilizantes
O uso eficiente dos fertilizantes significa utilizar a fonte certa, na dose certa, no local certo e na hora certa. Vamos entender isso melhor?
Fonte certa: Quando falamos em fonte certa nos referimos ao fertilizante que contenha o nutriente exigido de forma disponível (solubilidade) capaz de suprir a demanda da planta prontamente.
Dose certa: É aplicar a quantidade certa de fertilizante seguindo as especificações dos produtos (nem a mais nem a menos) de acordo com as exigências nutricionais do cafeeiro, aproveitando também o que o solo possui de nutriente disponível.
Hora certa: É a sincronização do fornecimento e disponibilização dos nutrientes de acordo com a demanda da planta, que pode variar de acordo com a fase em que ela se encontra (florada, chumbinho, expansão dos frutos, granação etc.), sempre tendo em mente quais são os momentos críticos para cada nutriente.
Local certo: Se refere em colocar o fertilizante no local onde será melhor absorvido pela cultura: localizado, a lanço, incorporado ou superfície, ora em pré-plantio, ora no plantio ou em cobertura.
Qual o melhor adubo para o crescimento do café?
A Mosaic Fertilizantes pensa em todos os pontos relevantes do cafeeiro: (o ciclo da cultura, suas exigências nutricionais, a importância do bom manejo de adubação), a crescente presença do café no mercado mundial e também as exigências cada vez maiores na qualidade da bebida pelo consumidor final.
Por isso, nosso portfólio conta com a linha Performa que entrega ao produtor uma formulação com multinutrientes balanceados e com tecnologias exclusivas que disponibilizam os nutrientes durante todo o ciclo da cultura, proporcionando uma lavoura mais vigorosa e produtiva.
Os nutrientes da linha Performa possuem alta solubilidade e disponibilidade facilitando a absorção pelas raízes quando as plantas necessitam, com teor reduzido de cloro, garantindo melhor desempenho da planta e qualidade superior de grãos.
Mariana Moreau e Diógenes Calsoni – Especialistas de Desenvolvimento de Mercado Mosaic Fertilizantes.
Eunice Baquião e Victor Hugo – Assistentes Técnicos Comerciais Mosaic Fertilizantes.