Colheita de café: como e quando fazer

24 fev, 2023
Redação Nutrição de Safras
- Tempo de Leitura: 5 minutos
colheita de café

A produção de café no Brasil é uma atividade agrícola tradicionalmente reconhecida por colaborar com o desenvolvimento social e econômico do país. A exigência dos consumidores, cada vez maior, por um bom padrão de qualidade do café vem tornando essa atividade cada vez mais tecnificada.

A colheita do café é uma etapa imprescindível na qualidade do produto final. A seleção do tipo e dos métodos utilizados, a partir da retirada dos grãos de café do pé, até a inserção dos mesmos no veículo que irá transportá-los ao local de pré-processamento, é de suma importância. Continue a leitura e nunca mais tenha dúvidas sobre a colheita de café!

Quando realizar a colheita de café?

A colheita de café deve ocorrer quando os frutos atingem seu estado de maturação fisiológico (cereja), que ocorre no período da seca, entre março/abril e setembro. A principal demonstração da maturação é a mudança da cor da casca no fruto. No café, ela percorre do verde para vermelho ou amarelo, conforme a variedade.

Outro fator que pode indicar a hora certa de colher os grãos é quando eles atingem a maturação fisiológica com 55 a 70% de umidade. De modo a facilitar o entendimento, evidencia-se denominações do café:

Verde: teor de umidade de 60 a 70%;

Cereja/amarelo: teor de umidade de 45 a 55%;

Passa: teor de umidade de 30 a 45%;

Bóia: teor de umidade de 25 a 35%;

Coco: teor de umidade menor que 25%.

Métodos de colheita de café

Existem vários tipos de colheitas de café possíveis de serem executadas em todo o mundo. Primordialmente, elas são feitas de três formas: manual, semimecanizada e mecanizada. Entenda as particularidades e diferenças entre cada processo.

Colheita manual

A colheita manual é o método no qual a retirada dos frutos é feita de forma manual, tomando-se o cuidado para não quebrar ou danificar os ramos das plantas, o que pode prejudicar o desenvolvimento e a produção da safra seguinte.
Exige a participação de muitos profissionais, além de ser um processo mais oneroso, já que envolve vários regressos à lavoura.

Contudo, esse tipo de colheita confere maior consistência ao café, garantindo preços mais altos que cobrem os custos com o pessoal.  Esse é um dos métodos de colheita de café mais antigos e utilizado nas maiorias das lavouras.

Este tipo de colheita é realizada em algumas etapas, sendo elas:

  1. Arruação e varrição para levantamento os frutos caídos;
  2. Efetivação da derriça sobre panos/peneiras;
  3. Levantamento, abanação e transporte do café.

Os frutos assentam-se sobre um pano ou tela esticado no chão, são recolhidos e selecionados para a próxima fase.


Colheita semimecanizada

Esta colheita pode ser integral ou seletiva e consiste na utilização de derriçadoras motorizadas portáteis, que facilitam o trabalho e aumentam o rendimento dos trabalhadores.

Os colhedores operam as derriçadoras para balançar os galhos dos cafeeiros, de forma que os frutos mais maduros se soltem e caiam nas telas ou panos distribuídos ao longo do talhão.

A colheita semimecanizada é realizada do seguinte modo:

  1. Manual: com uma lona esticada no chão é feita a poda por 4 trabalhadores, através da remoção dos frutos;
  2. Mecanizada: com uma lona também esticada no chão com os galhos e frutos, a máquina colhe tudo e depois realiza a chamada trilhagem, que é a separação entre os frutos e os galhos de café.

Colheita mecanizada

As colhedoras de café podem ser tracionadas por tratores agrários ou automotrizes. Os dois realizam a colheita plena ou seletiva dos frutos, sem causar grandes danos à planta, sendo necessário o treinamento constante do operador da máquina para seu funcionamento correto.

Este modelo de colheita é indicado para lavouras instaladas em terrenos planos que possibilitem a passagem das máquinas.

Para fazer uso dessas máquinas, é recomendado definir o espaçamento entre as linhas da plantação com base no tamanho das máquinas disponíveis na região para utilização.

Avaliar previamente à colheita a altura, diâmetro dos pés de café, expectativa de produtividade, inclinação do solo, também são pontos cruciais para uma boa escolha da colhedora adequada.

Além disso, o plantio das mudas deve ser feito de forma arranjada, reduzindo assim a quebra de ramos da planta e das varetas do maquinário.

Secagem do café

Dentre a operação de colheita de café, a estrutura de secagem dos grãos no pós-colheita se encaixa entre um dos pontos mais importantes, devendo ser realizada primordialmente no mesmo dia da colheita.

A programação dessa etapa é indispensável, considerando que o produtor se costuma defrontar com uma produção maior do que sua capacidade de terreiros ou secadores mecânicos.

Processamento e armazenamento

É indicado que se inicie o processamento do café imediatamente após a colheita, para evitar perdas e conservar a qualidade do fruto.

O café é acondicionado em sacaria de juta ou em big bags. No entanto, embora possamos controlar o ambiente do armazém, perdas de qualidade são típicas ao processo. Durante um ano de armazenamento, como exemplo, o café armazenado pode deixar de ser especial devido a essas perdas.

Assim, há uma predisposição em procurar novas embalagens ou uso de um ambiente modificada para o armazenamento.

Impactos de uma boa nutrição na colheita de café


Para o cafeeiro atingir homogeneidade na maturação dos frutos, produtividade e qualidade superior da bebida, deve ser dada atenção especial ao seu balanço nutricional tão logo antes da abertura de flores, do ponto de maturação fisiológica, também já pensando no próximo ciclo, visto que é possível colaborar para maior diferenciação floral das plantas com o equilíbrio nutricional.

Posteriormente ao recolhimento dos grãos de café, o tratamento pós-colheita deve ser ainda mais eficiente com o intuito de manter o potencial de qualidade da bebida alcançado com equilíbrio nutricional naquele clima específico do cultivo.

Para cada região, as recomendações para o plantio do café podem sofrer alterações. As boas práticas que envolvem o estabelecimento da lavoura devem ser seguidas em qualquer eventualidade.

Seja na restauração de uma lavoura de café ou na abertura de uma área nova, estar atento as características do local e nas boas práticas de manejo são requisitos mínimos e sempre que houver dúvidas, um profissional especializado deve ser consultado.

Quando pensamos em uma colheita de café de boa qualidade, um ponto crucial é o momento de adubação da cultura. Um bom manejo de adubação será responsável por uma lavoura vigorosa e com frutos, no momento da colheita, com melhor qualidade de bebida.

Quando pensamos em melhor qualidade de bebida, um fertilizante que contribui para isso é o K-Mag, da Mosaic Fertilizantes. O K-Mag é uma fonte de potássio, enxofre e magnésio em um mesmo grânulo. O seu diferencial, frente a outras fontes, é que ele é extraído a partir da rocha Langbeinita, que é uma fonte livre de cloretos. Essa característica aumenta a atividade da enzima polifenoxidase, que faz parte de um grupo de substâncias fenólicas capaz de influenciar o sabor, aroma e cor de alguns vegetais. Ou seja, com o uso do K-Mag você obtém uma melhor qualidade de bebida no momento da colheita de café, uma vez que fertilizantes com altos teores de cloreto diminuem a atividade da polifenoxidase. Saiba mais sobre o K-Mag e garanta uma nutrição de alta performance para o seu cafezal!

Cafe-kmag

Fernanda Santos – Representande de vendas digitais Mosaic Fertilizantes.

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