A semeadura marca o início de uma jornada em que a planta irá percorrer, ultrapassando desafios e barreiras, até completar o seu ciclo (e objetivo) de vida: a produção. Diferentes fatores irão determinar como a planta terminará esta maratona, porém é na largada que começamos a definir o campeão.
A etapa de semeadura começa com a escolha da semente, onde as características genéticas de comprimento de ciclo, tolerância a pragas e doenças, e demais comportamentos de desempenho e produtividade estarão herdados de variedades e cultivares já conhecidas. Para esta escolha, época de semeadura, região, clima e solo devem ser considerados.
Após escolhido o material genético, a semeadura passa pela etapa mecânica de quantificação e dosagem de sementes que serão distribuídas e termina com a deposição cuidadosa no solo para a germinação e desenvolvimento das plântulas.
Independente da técnica utilizada, o objetivo da semeadura é o mesmo: promover condições favoráveis para o crescimento, desenvolvimento e dar a largada para a construção da jornada produtiva de uma planta.
Neste artigo vamos falar mais sobre as técnicas de semeadura. Boa leitura!
Saiba mais: Entenda o funcionamento do calcário agrícola na sua lavoura
O que é o processo de semeadura?
O processo operacional da semeadura é de modo geral simples. Devemos alocar a semente em um ambiente confortável para que a mesma possa iniciar o processo de germinação de forma saudável e sem atrasos, a fim de rapidamente emergir do solo e começar o desenvolvimento da plântula.
Em larga escala, equipamentos chamados de semeadoras ou plantadeiras são tracionados por tratores, fazendo a quantificação de sementes por área e conduzindo-as até o leito de semeadura via dutos condutores.
As semeadoras (ou plantadeiras) também possuem o papel de cortar a palha, abrir o sulco no solo, dosar e aplicar o fertilizante (importante insumo que falaremos logo mais), cobrir a semente com uma cuidadosa camada de solo e exercer uma leve pressão para aumentar o contato do solo com a semente.
Todo este processo ocorre de forma concomitante e sincronizada. A velocidade de tração do trator deve ser respeitada, não ultrapassando os 4-6 km/h para que toda esta operação seja feita de forma precisa.
Hoje no mercado existem diferentes tecnologias que auxiliam o produtor para uma maior precisão na semeadura. Diferentes sensores orientam o operador da máquina quanto a taxa de distribuição das sementes, eventuais panes e problemas de mecanismos distribuidores, e até mesmo piloto automático em tratores para evitar sobreposição de semeadura e otimização de combustível.
O perfeito ajuste entre época, condição e qualidade na semeadura são de extrema importância para o sucesso da cultura. Uma vez que as sementes atinjam as condições ideias de ambiente, darão início ao processo de germinação.
Leia também: Quer saber como acelerar a produtividade da cultura do milho?
Como é feita a semeadura a lanço?
A semeadura a lanço se restringe a espécies pouco responsivas à espacialização de plantas (distância entre plantas e população) ou quando o objetivo é a máxima ocupação de área e cobertura do solo, como em pastagens e plantas de cobertura.
Em ambos os casos, os principais benefícios estão ligados à velocidade de semeadura e a versatilidade da operação, porém, cuidados na distribuição e qualidade das sementes também são fundamentais para se alcançar os objetivos desejados.
Fatores como: correta regulagem de maquinários e velocidade do vento no dia da semeadura, podem garantir ou comprometer toda a qualidade da operação.
Processo de germinação
A semente apresenta todas as estruturas necessárias para gerar uma nova planta. Entretanto, para que isso ocorra na maioria das espécies, é necessário que ela absorva aproximadamente 50% de seu peso em água para iniciar o processo de germinação. Por este motivo, é imprescindível que se tenha umidade suficiente no solo antes de iniciar a semeadura.
Durante a germinação ocorre o desdobramento das reservas (carboidratos, lipídios e proteínas) contidos na semente, em compostos mais simples (açúcares e aminoácidos) e energia que são utilizados no desenvolvimento da plântula. As reservas e os nutrientes da semente suprem as necessidades metabólicas da plântula nos primeiros dias de vida.
Para o controle da profundidade de semeadura, deve-se fazer o balanço entre temperatura do solo e umidade. Maiores profundidades podem expor a semente a menores temperaturas resultando em atraso na germinação além de maior gasto energético para emergir do solo.
Atrasos na germinação também aumentam a probabilidade de ataques de pragas e doenças às sementes.
Durante a germinação da semente e a emergência da plântula, ocorre o desenvolvimento do sistema radicular seminal, o desenrolamento das folhas primárias e o desenvolvimento do meristema apical, que dará origem a parte aérea, fazendo com que a planta passe a absorver nutrientes do solo e produzir fotoassimilados para seu desenvolvimento.
A partir de agora, a planta começa a perder a dependência das reservas da semente e precisará de suporte nutricional provindo do solo. Fertilizantes contendo nitrogênio, fósforo e enxofre são de grande importância pois serão as principais fontes de energia e desenvolvimento para as plântulas e serão responsáveis pela expressão do potencial produtivo contido no material genético da semente.
Qual é o método de semeadura mais vantajoso?
Não existe um método mais vantajoso do que o outro, e sim, alinhado com os objetivos econômicos da operação e as características da espécie vegetal a ser implantada. Como já conversamos, todo o ciclo de vida e o desenvolvimento das plantas estarão ligados à etapa de semeadura.
Investir em manejos que proporcionem maiores produtividades e qualidade desde o início contribui para que a lavoura mantenha uma alta performance e seja menos impactada pelas condições ambientais.
Qual o fertilizante utilizado como suporte nutricional?
Como citado anteriormente, nitrogênio, fósforo e enxofre são as principais fontes de energia e desenvolvimento para as plântulas e para o material genético das sementes. Um fertilizante que atende a essa demanda é o MicroEssentials, da Mosaic Fertilizantes.
MicroEssentials é um fertilizante que concentra nitrogênio, fósforo e enxofre no mesmo grânulo. Isso proporciona lavouras mais uniformes e com alto potencial produtivo, maior eficiência no momento da aplicação, maior rendimento de máquinas e mão de obra.
Além disso, a fórmula de MicroEssentials aumenta a absorção de nutrientes desde o estágio inicial do cultivo, fazendo com que as plantas atinjam todo o seu potencial produtivo!
Fernando Hansel – Agrônomo Sênior Mosaic Fertilizantes
Nutrição de Safras é o portal oficial de conteúdos agrícolas da Mosaic Fertilizantes. Tem a missão de apoiar o mercado a ser mais produtivo de forma sustentável, ajudar o produtor a alcançar maior rentabilidade em seus negócios e obter maiores produtividades na lavoura. O objetivo é estar próximo do produtor rural do Campo ao Digital, fornecendo conteúdos de qualidade a todo momento.