Os seres vivos possuem necessidades básicas fundamentais à sobrevivência – dentre elas a nutrição. De acordo com o dicionário, nutrição significa: fonte de sustento; alimento; nutrimento.
Cada tipo de ser vivo possui a sua forma de se alimentar, ou seja, se nutrir ao longo do seu ciclo de vida. Nós, seres humanos, nos alimentamos dos mais diversos tipos de alimentos com este objetivo. Mas já quando falamos em nutrição das plantas, esta dinâmica ocorre de maneira diferente, porém com o mesmo objetivo.
Vamos entender neste artigo sobre a nutrição das plantas, sua importância, história e como fazer o melhor plano nutricional para sua lavoura. Boa leitura!
Como surgiu a nutrição das plantas?
A nutrição das plantas é uma concepção historicamente recente que sempre desafiou bastante os cientistas: como as plantas se alimentam? De onde extraem todos os nutrientes que compõem a sua estrutura e contribuem nas realizações das atividades fisiológicas?
Um pouco de história!
Apresentaremos alguns momentos marcantes da história do conhecimento vegetal que permitiram entender a dinâmica da nutrição das plantas:
384-322 a.C
Aristóteles, conhecido biólogo e filósofo grego, já se questionava como ocorria a nutrição das plantas. Curiosamente, nesses tempos acreditavam que as plantas eram uma espécie de “animais invertidos” por manterem a “boca” posicionada embaixo da terra. O estudioso acreditava que os alimentos eram antes digeridos pela terra, já que os vegetais não apresentavam excreções visíveis como é percebido nos animais.
A partir destes questionamentos de Aristóteles, vários outros foram surgindo.
Século XIX
Um cientista suíço, o Saussure (1804), realizou importantes experimentos que concluíram que a planta buscava carbono (C) por meio CO2 presente na nossa atmosfera e que outros elementos como o hidrogênio (H) e oxigênio (O) também vinham junto. Neste estudo, ele salientou que o aumento da matéria seca das plantas se dava, principalmente, pelo acúmulo destes três elementos – C, H e O e que o restante dos nutrientes eram provenientes do solo.
No mesmo período, Just Von Liebig, considerado o pai da nutrição das plantas, trazia novos olhares para esta dinâmica. Ele reafirmou que os alimentos das plantas, além daqueles obtidos via atmosfera, são elementos inorgânicos ou minerais que provinham da solução do solo.
As teorias que contribuíram para que entendamos a importância da nutrição ideal para a produção agrícola são:
- Os elementos minerais não estão aleatoriamente presentes nas plantas, mas são demandados;
- Elementos essenciais para a fertilidade do solo e nutrição de plantas: Lieber concluiu que as plantas necessitam de vários elementos – carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) – e todos, com ressalva do C, H, O, são oriundos do solo. N, P, K, Ca, Mg e S são exigidos em grandes quantidades pelas plantas e são classificados como macronutrientes;
- Espécies diferentes demandam quantidades diferentes de cada elemento;
- Os solos não possuem todos os nutrientes e por isso, devem ser corrigidos por meio da prática da adubação;
- Para a garantia de altas produções agrícolas, é preciso usar fertilizantes que contribuam para suprir e aumentar essas produtividades.
A maior contribuição de Liebig foi a conhecida Lei do Mínimo, que estabelece que a produtividade de uma cultura é limitada pelo nutriente que está em menor quantidade. Ou seja, mesmo que aumentemos as quantidades de todos os outros nutrientes, não haverá aumento proporcional de produtividade na falta dos nutrientes considerados essenciais.
Liebig e seus estudos conseguiram esclarecer quais são os elementos essenciais para fertilidade do solo e da nutrição das plantas – além dos macronutrientes.
Século XX
Foi neste século que surgiu o conceito de micronutrientes: além dos macronutrientes, existiam outros nutrientes que eram encontrados em menores quantidades nos tecidos das plantas, mas totalmente essenciais para o desenvolvimento delas: ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B), cloro (Cl) e molibdênio (Mo).
Assim, com todos esses estudos de nutrição e solos, exatou-se a importância da nutrição balanceada para garantir altas produtividades.
Como fazer a nutrição das plantas de forma balanceada?
O potencial produtivo da cultura é expresso principalmente pela influência da genética dos materiais, disponibilidade hídrica e pela nutrição das plantas. Atualmente, com tantos estudos, conseguimos entender como garantir uma nutrição agrícola balanceada com o objetivo principal de atingir altas produtividades. Resumimos em 4 passos para você:
O primeiro passo é o entendimento dos SOLOS!
O solo é a base do desenvolvimento das plantas e com todas as ações agricultáveis que estão sendo realizadas com o passar dos séculos, nos vemos em um cenário de constante exportação/extração de nutrientes pelas plantas e outros fenômenos, como a lixiviação e a volatilização, de tal modo que ele vem sofrendo modificações na sua composição nutricional, tornando essencial a reposição via fertilizantes.
Para compreender quais nutrientes e as características físicas e químicas de um determinado solo, é imprescindível realizar a análise de solo!
Análise de solo
Após recolher amostras estratégicas de todo o terreno e enviar para um laboratório idôneo que emitirá o relatório que permitirá diagnosticar todas essas informações necessárias, será gerado um relatório, que com ajuda de um(a) Engenheiro(a) Agrônomo(a), será possível diagnosticar a composição nutricional deste solo e, assim, traçar uma estratégia para garantir a nutrição das plantas de forma balanceada e assertiva.
Escolha da cultura a ser plantada
Como dito por Liebig, cada espécie vegetal tem uma demanda nutricional única. Então, como ponto de partida, escolher a cultura irá direcionar os próximos passos.
Entender a exportação e a extração de nutrientes da cultura escolhida
A extração é a quantidade de cada nutriente que contribui na composição da planta inteira, ou seja, raízes e parte área. A exportação diz respeito às quantidades de nutrientes que são destinados para a parte a ser colhida e de interesse, como os frutos, colmos e grãos.
Ou seja, as estimativas de quais e as quantidades de nutrientes a serem adubados para a cultura escolhida atingir determinada produtividade, passa pelo entendimento de exportação e extração.
A Mosaic Fertilizantes disponibiliza uma calculadora interativa para te ajudar nesse entendimento.
Escolha dos fertilizantes
Entendendo o diagnóstico nutricional do solo e a demanda da cultura, o próximo passo é escolher o melhor fertilizante a ser utilizado.
Eles são essenciais, pois são considerados os insumos agrícolas que tem a principal missão fornecer a demanda nutricional das plantas e assim garantir altas produtividades.
A escolha dos fertilizantes e dose a ser aplicada deve ser criteriosa, tendo sempre como base os fatores aqui mencionados: a análise do solo, a exigência nutricional da cultura e também o histórico da área, que juntos, darão todo o respaldo para se definir o tipo de fertilizante e a quantidade a ser utilizada.
Com todos esses passos bem realizados a sua lavoura estará certamente bem nutrida e preparada para altas produtividades!
Quais fertilizantes utilizar na nutrição das plantas?
Uma nutrição de plantas pode parecer complexa, mas quando se compreende os fatores e suas respectivas interações que compõem os manejos nutricionais a fim de atender a demanda de nutrientes da cultura, a nutrição trabalha como forte aliada para se obter altas produtividades.
E pensando em altas produtividades, a Mosaic Fertilizantes, com a missão de alimentar o mundo, possui um amplo portfólio de nutrição de safras para ajudar você, produtor(a), a ter a melhor nutrição das plantas e, consequentemente, mais rentabilidade.
Conheça nossos produtos e converse com nosso consultores!
Deborah Fernandes – Eng. Agrônoma e Representante de Vendas Digitais Mosaic Fertilizantes.
[/et_pb_text][/et_pb_column][/et_pb_row][/et_pb_section]