Clima e agricultura: campo com pluviometro

Clima e agricultura: entenda as relações e impactos

Clima e agricultura: campo com pluviometro

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Clima e agricultura: campo com pluviometro

Entender a importância do clima e agricultura dentro da produção agrícola é muito importante. A agricultura é uma atividade essencial para a economia de muitos países e o clima é um dos fatores mais importantes que afetam a produção agrícola. Nesse sentido, as variações climáticas como chuva e temperatura são cruciais para o desenvolvimento de culturas.

Além disso, a agricultura é a principal fonte de alimentos para a humanidade. Portanto, o clima pode gerar prejuízos e impactar na produção de alimentos, levando à escassez e ao aumento dos preços de produtos.

Assim como o clima interfere na agricultura, o contrário também acontece. Para entender melhor a relação entre esses importantes conceitos, continue a leitura deste artigo e confira maneiras de diminuir os impactos dos principais fatores climáticos.

Quais as relações entre clima e agricultura?

Sem dúvidas, o clima exerce um papel fundamental na agricultura, uma vez que afeta diretamente as práticas agrícolas. Vale considerar que este impacto varia conforme cada cultura. Por exemplo, algumas plantas têm seu crescimento favorecido em regiões quentes, enquanto outras se desenvolvem melhor em climas frios.

A plantação de milho safrinha, por exemplo, pode diminuir seu rendimento em mais de 20% ao enfrentar a falta de chuva por longos períodos. De fato, o clima pode ter um grande impacto no florescimento de algumas plantas e as variações climáticas interferem em todos os tipos de cultura.

Dentre as mudanças climáticas na agricultura que podem influenciar diretamente as plantações, destacamos:

  • Intensidade luminosa;
  • Temperatura do solo;
  • Temperatura ambiente;
  • Umidade do ar e do solo;
  • Intensidade dos ventos;
  • Quantidade de chuva.

Inclusive, o clima interfere no zoneamento agrícola, ou seja, na escolha das culturas plantadas em determinada região.

E, assim como o clima interfere na agricultura, o mesmo ocorre com a interferência da agricultura no clima. Isto é, as plantações também têm responsabilidade na mudança climática.

Isso ocorre, por exemplo, quando se faz o uso demasiado, sem orientação técnica, de insumos agrícolas, como os fertilizantes e os defensivos. Esse uso em excesso pode levar a uma contaminação do lençol freático, que tem relação sobre o clima.

Em resumo, o clima pode afetar a agricultura de diversas maneiras, desde o desenvolvimento da planta até a escolha da cultura. Além disso, é importante que os agricultores estejam atentos a essas mudanças e adotem práticas que considerem a variável clima para garantir a produtividade e a sustentabilidade.

Qual o clima ideal para plantio e colheita?

Cada cultura apresenta uma condição ideal para germinar e desenvolver da melhor maneira. Portanto, existe um clima adequado tanto para o plantio como para a colheita, por exemplo:

  • Trigo: necessita de temperaturas entre 15 e 25 °C;
  • Soja: se adapta bem entre 20 °C e 30 °C;
  • Cana-de-açúcar: evite o plantio em temperaturas abaixo dos 20 °C;
  • Arroz: não suporta temperaturas extremas, nem muito frio, nem muito quente, se adéqua entre 20 °C a 35 °C;
  • Milho: bom em quase todos os climas, porém, temperaturas baixas causam lentidão na maturação dos grãos.

Vale lembrar que assim como a temperatura, a umidade é um fator fundamental na germinação. Quanto mais tempo levar para a semente germinar, mais ela ficará suscetível aos problemas de desenvolvimento, podendo acarretar menores produtividades da lavoura. 

Já na colheita, o produtor precisa ter atenção à umidade para as culturas de grãos. Por exemplo, na cultura da soja, os grãos precisam ser colhidos com 13% a 15% de umidade. Neste caso, o ideal é realizar a colheita quando a precipitação seja menor. Caso haja muitas chuvas, a produtividade da cultura será afetada.

Ademais, prefira realizar a colheita durante as manhãs, por conta das temperaturas mais amenas e da umidade do ar mais elevada. Assim, você reduz as perdas. Isso quer dizer que o conhecimento das variações climáticas da região e as características da cultura são fundamentais para obter safras de sucesso.

Como as mudanças climáticas afetam a agricultura?

As mudanças climáticas na agricultura podem causar muitos problemas, uma vez que as plantas são sensíveis às secas e também ao excesso de água, perecendo em ambos os casos. A seguir, veja como o clima interfere na agricultura:

Chuvas intensas

A diminuição da camada de Ozônio reflete no aumento de chuvas intensas durante o período do verão, por conta das altas temperaturas. O aquecimento do solo contribui para a evaporação da água presente no ambiente, formando mais nuvens de chuva.

Chuvas intensas causam a lixiviação do solo, isto é, a movimentação de nutrientes essenciais para as plantas como o potássio, nitrogênio e enxofre para longe das raízes.

Com isso, além de afetar o crescimento da cultura, outros problemas podem surgir, como o apodrecimento do sistema radicular e o aumento de fungos e bactérias. Para evitar ou recuperar esses danos, o produtor pode:

  • Realizar o manejo agronômico da fazenda sempre verificando a situação do clima;
  • Adotar o plantio direto;
  • Deixar sempre o solo coberto com cobertura vegetal ou resíduos de culturas (palhadas) a fim de evitar a lixiviação.

Longos períodos de estiagem

A estiagem se refere à falta de água e, como sabemos, a água é um elemento fundamental em todas as etapas da cultura, desde a germinação até a maturação das sementes. Por conta disso, a planta não se desenvolve como deveria.

O resultado de longos períodos de estiagem é a redução da produtividade da lavoura, que apresenta um rendimento muito menor e o aumento de perdas durante a safra. Nesse contexto, investir no armazenamento de água é uma maneira de se preparar para este período.

Há algumas maneiras de evitar que a lavoura sofra com a estiagem, como optar pelo plantio em épocas do ano que tenham melhores precipitações ou até mesmo fazer o uso de irrigação. 

Ondas de calor

As ondas de calor correspondem a um período de alguns dias com altas temperaturas, superiores à média usual da época. Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional do Governo dos Estados Unidos, as ondas são o resultado de ar aprisionado.

Vale lembrar que as pragas se desenvolvem mais rápido em altas temperaturas, afetando o crescimento saudável das culturas. Além disso, as ondas de calor têm efeito direto sobre o solo, aumentando, por exemplo, a concentração de iodo e a emissão de dióxido de carbono.

Reforçar a irrigação neste período também garante um reforço na reposição dos nutrientes, evitando perder a vitalidade da planta nesses dias quentes que exigem maior hidratação. Evite também a poda durante esses dias (para as culturas que exigem esse manejo), uma vez que ela estimula novos brotos sensíveis ao sol excessivo.

Ventos

Os ventos intensos trazem prejuízos para o desenvolvimento das plantas, além de causar danos, como quebra de galhos e rasgamento de folhas.

Na lavoura de milho, por exemplo, os ventos fortes podem tombar as plantas que ficam sombreadas, dificultando a fotossíntese. Nesse caso, o monitoramento do clima evita grandes perdas e a implementação de quebra-ventos também auxilia.

Sendo assim, a plantação de pinus, eucalipto, bambu e hibisco, por exemplo, funcionam como barreiras vivas que protegem e reduzem os impactos negativos de ventos fortes, além de tornarem o microclima mais agradável.

Prepare a plantação para qualquer risco

É importante entender quais são os impactos do clima na agricultura e assim buscar maneiras de evitar ou diminuir os resultados negativos nas culturas, contribuindo para o rendimento das safras.

O prejuízo das lavouras ocorre quando não há uma gestão de riscos decorrentes das variações climáticas nos processos de plantio dos produtores. Portanto, alguns impactos negativos podem ser evitados com as práticas que citamos aqui.

Além disso, um importante insumo agrícola que pode ser utilizado na construção de um perfil do solo mais resistente a estresses hídricos é o gesso agrícola — um condicionador de subsuperfície de solo, que neutraliza a presença do alumínio tóxico, além de fornecer cálcio e enxofre. 

Isso leva a um maior desenvolvimento das raízes, o que permitirá que as plantas explorem melhor a água disponível no solo — ou seja, é um seguro contra a seca!

A Mosaic Fertilizantes tem a sua própria produção de gesso agrícola nas plantas de Uberaba – MG e Cajati – SP. O gesso de Uberaba é certificado pelo Instituto Biodinâmico (IBD) como insumo para ser utilizado também em sistemas orgânicos de produção.

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